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16 de Janeiro de 2022 às 10:52

Representantes dos bancários tentam reverter demissão do Quadro de Apoio no Banco da Amazônia


A demissão do Quadro de Apoio tem sido uma decisão administrativa do Banco da Amazônia, sem previsão legal para subsidiar esse posicionamento da instituição. Essa foi a argumentação apresentada pelo Sindicato dos Bancários do Pará, Contraf-CUT e Fetec-CUT Centro Norte na telereunião realizada com o Banco da Amazônia na tarde desta quinta-feira, 13/1.

Na abertura da reunião, as entidades sindicais fizeram um resgate histórico do Quadro de Apoio e ressaltaram a importância desses empregados para as atividades do Banco da Amazônia.

Além disso, mostraram a conjuntura e os desgastes enfrentados pelos integrantes deste segmento dentro da instituição, além de suas principais reivindicações, entre elas: ascensão profissional através do Plano de Cargos, Carreiras e Remunerações (PCCR) e qualificação profissional deles.

“Não há previsão legal que subsidie o desligamento do Quadro de Apoio. É um posicionamento administrativo, que pode ser revisto. Grande parte desses empregados estão em idade avançada, sem contribuição complementar e, se saírem do banco, ficarão apenas com o INSS, sem contar que ainda estamos em uma crise econômica e sanitária no país, pois a pandemia da Covid-19 ainda não acabou”, destacou a presidenta do Sindicato dos Bancários do Pará, Tatiana Oliveira.

Os representantes do Banco da Amazônia disseram que a demissão do Quadro de Apoio foi uma decisão estrutural do Conselho de Administração (CONSAD) e aplicada pela diretoria do Banco.

Além disso, destacaram que o Quadro foi extinto desde 1998 e que o banco não vai mudar sua decisão, quer apenas discutir a melhor forma de demitir este segmento. Também disseram que não há cronograma definido para as demissões, pois a intenção do Banco é “fazer uma rescisão humanizada”.

Por fim, informaram que o Banco apresentará para as entidades sindicais uma proposta para o desligamento do Quadro de Apoio.

“Pedimos para que o Banco da Amazônia apresente, então, o subsídio jurídico dessa decisão e a forma de substituição dessa mão de obra dentro da instituição. Para nós, o Banco se equivoca ao dizer que a demissão do Quadro de Apoio é irreversível, pois diante dos argumentos apresentados, o que fica claro é que se trata de uma decisão administrativa movida por intenções políticas na direção da instituição. Por isso, seguiremos na luta pela unidade e resistência dos empregados do Banco da Amazônia contra as demissões e em defesa do emprego”, afirma o coordenador da comissão de empregados do Banco da Amazônia e integrante do Quadro de Apoio, Sérgio Trindade.

Os trabalhadores foram representados na reunião pela presidenta do Sindicato, Tatiana Oliveira, pelo diretor da Fetec-CUT/CN, Sérgio Trindade, pelo diretor jurídico do Sindicato e empregado do banco, Cristiano Moreno, pelo diretor do SEEB Rondônia, Ricardo Vitor, e pelos assessores jurídicos Mary Cohen, Luiz Fernando Galiza e Luciano Meireles.

Pelo Banco da Amazônia estiveram Francisco Moura pela GESOP e Bruna Paraense pela GEPES; além de Éder Picanço, coordenador jurídico do Banco.

 

SEEB-Pará, com edição do SEEB-RO

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