Após uma série de negociações com o banco e discussões com a assessoria jurídica e com os bancários envolvidos, a comissão de negociação dos trabalhadores do Banco da Amazônia – que inclui a Federação dos Bancários do Centro-Norte (Fetec-CUT/CN), decidiu orientar os bancários a aprovarem a proposta do banco para o desligamento compulsório por idade ou tempo de serviço, como prevê a nova legislação imposta pela reforma da Previdência (Emenda Constitucional 103/2019).
O Sindicato do Pará, que tem a maior base de trabalhadores do Banco da Amazônia, já passou essa orientação aos bancários envolvidos, em reunião virtual realizada nesta terça-feira 29.
A proposta que está sendo debatida foi apresentada pelo banco no dia 25 de junho, como resultado de um processo de negociação que começou em 19 de maio, quando o Banco da Amazônia publicou a Circular Gepes Nº 2021/023. Houve desde então 8 rodadas de negociação do Sindicato dos Bancários do Pará, Contraf-CUT e Fetec-CUT/CN Norte com o banco.
O Banco da Amazônia ampliou para até 31 de maio de 2022 o prazo para o desligamento dos empregados com 70 anos ou mais e que possuam o mínimo de 180 meses de contribuição ao INSS. E para quem ainda vai completar 70 anos ou os 180 meses de contribuição, o prazo de desligamento ficou de 1º de junho de 2022 até 31 de dezembro de 2022, além de outras garantias e vantagens.
E para quem se aposentou por tempo de serviço a partir de 14 de novembro de 2019, o prazo para desligamento ficou até 20 de maio de 2022.
Veja a proposta do Banco da Amazônia.
Avanços
“Essas demandas vieram das reuniões que fizemos com a categoria e conquistamos durante o processo de negociação. Diante da conjuntura dessa reforma da previdência em vigor, avaliamos que há vantagens importantes para a categoria e, por esse motivo, recomendamos aprovação da proposta”, afirma a presidenta do Sindicato do Pará, Tatiana Oliveira.
“Pautamos esse assunto com muita cautela nas mesas de negociação com o Banco da Amazônia, tendo em vista que estamos tratando do desligamento de colegas que dedicaram suas vidas ao banco. Acreditamos que houve avanços nessa proposta final, seja no prazo ampliado para os desligamentos, como em questões de reembolso de plano de saúde, renegociação de dívidas, antecipação de tíquete alimentação, verbas rescisórias, dentre outros pontos importantes que merecem aprovação em assembleia”, pontua o coordenador da comissão de empregados do Banco da Amazônia e secretário geral do Sindicato, Sérgio Trindade.
Fonte: Fetec-CUT/CN, com Seeb Pará