A Federação dos Bancários do Centro-Norte (Fetec-CUT/CN), a Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco da Amazônia, o Seeb Pará, a Contraf-CUT e os sindicatos que têm bancários do Basa em suas bases convocam um tuitaço nesta sexta-feira dia 7 para pressionar a direção do banco a iniciar negociações visando a solucionar o pagamento pendente da PLR de 2017. Os bancários também farão atividades nas redes sociais no dia que o Ministério Público do Trabalho convocar reunião de conciliação com o banco para tratar do assunto.
A decisão foi tomada na reunião convocada pela Fetec-CUT/CN com as demais entidades sindicais nesta segunda-feira 3, da qual participaram mais de 90 pessoas, inclusive bancários dessas bases sindicais. Além de pensar em formas de mobilização, o objetivo era fazer esclarecimentos depois que a direção do Banco da Amazônia divulgou na sexta-feira 30 que havia fechado acordo com o Sindicato do Maranhão, com os sindicatos da Contec (Amazonas e Tocantins) e com o Senge (Sindicato dos Engenheiros).
“Com a mobilização esperamos avançar e convencer o banco a chegar à construção de um acordo que contemple os anseios de quem construiu os resultados positivos da empresa e aguarda há três anos o pagamento da PLR de 2017”, afirma Sérgio Trindade, coordenador da Comisso de Empresa do Banco da Amazônia, secretário de Imprensa da Fetec-CUT/CN e diretor do Sindicato do Pará.
“A reunião foi importante para equalizarmos informações, discutir coletivamente nossos problemas e manter a unidade na nossa luta dentro do Banco da Amazônia em defesa dos interesses dos bancários”, acrescenta Cleiton dos Santos, presidente da Federação Centro-Norte.
Na reunião desta segunda-feira, o advogado Luciano Danin, do Escritório Mary Cohen, que assessora o Sindicato do Pará e é o autor da ação da PLR de 2017 contra o banco, prestou esclarecimentos sobre o andamento do processo, que se arrasta desde setembro de 2018, quando o Sindicato do Pará entrou com ação contra o Basa na Justiça do Trabalho.
Na ação, o Sindicato questionou o procedimento do Banco da Amazônia de impor de forma de forma arbitrária as metas para o ano de 2017 e depois, com base no Relatório Gerencial produzido unilateralmente pela empresa, pagar apenas 2,59% de PLR Social e 0% do Módulo Básico, alegando que as metas não haviam sido cumpridas. O Sindicato também solicitou na ação a nulidade do Relatório Gerencial e o pagamento da PLR cheia do Banco da Amazônia, de 9,25%, em razão da conduta ilegal da empresa.
A juíza da 7ª Vara do Trabalho de Belém julgou procedentes os pedidos de ilegalidade do procedimento do Banco da Amazônia de impor metas unilateralmente e de nulidade do Relatório Gerencial, mas negou a solicitação do pagamento dos 9,25% de PLR. E determinou que o banco abrisse negociação com as entidades sindicais para buscar uma solução sobre a PLR de 2017.
A sentença foi mantida pelo TRT e pelo TST, mas a direção do banco não altera sua posição e na verdade não negocia.
“Lamentamos por já estarmos em 2021 e ainda estarmos lutando pela garantia de um direito que conquistamos em 2017 no Banco da Amazônia, e que o banco insiste em continuar com a mesma proposta que já foi rejeitada pelo funcionalismo. Todos os bancários e bancárias da instituição deram sua parcela de suor e contribuíram ativamente para que o banco desse lucro, mas infelizmente ainda estamos recorrendo na justiça o pagamento do que é nosso. Mas não fugimos à luta e seguimos com a missão de lutar com todos os recursos que pudermos utilizar para garantir os direitos da categoria”, ressalta Sérgio Trindade.
Fonte: Fetec-CUT/CN, com Seeb Pará