A Federação dos Bancários do Centro-Norte (Fetec-CUT), a Contraf-CUT, os sindicatos do Pará e de Rondônia e a Comissão de Empresa dos empregados do Banco da Amazônia reuniram-se nesta quarta-feira 28 com a direção da empresa, de forma remota, para discutir os impactos da pandemia da Covid-19 e o retorno ao trabalho presencial dos bancários que estão no grupo de risco.
“A reunião foi importante e oportuna porque demarcamos nossa posição em defesa dos trabalhadores e da preservação da sua saúde diante dos riscos de contaminação do vírus. Nos preocupa principalmente os bancários do grupo de risco. O banco reafirmou que prorrogou o prazo para retorno desse grupo até 30 de novembro, mas insistimos na nossa reivindicação de que o retorno só ocorra quando houver a vacina. O banco não aceita, mas se dispõe a continuar discutindo o tema nas próximas reuniões”, informa Sérgio Trindade, coordenador da Comissão de Empresa do Banco da Amazônia e diretor da Fetec-CUT/CN.
“O mundo já se depara com a chegada de uma segunda onda da pandemia, enquanto no Brasil não conseguimos sair ainda da primeira onda. Não abriremos mão da preservação da saúde dos trabalhadores do sistema financeiro, até porque isso é fundamental para contermos a pandemia”, acrescenta Cleiton dos Santos, presidente da Fetec-CUT/CN, que também participou da negociação.
O encontro desta quarta-feira teve ainda a participação da presidenta recém-empossada do Sindicato do Pará, Tatiana Oliveira; do diretor do Sintraf Rondônia, Ricardo; e da diretora Suzana, do Seeb PA. Eles apresentaram as seguintes reivindicações ao banco:
● Não retorno dos trabalhadores do grupo de risco até que se tenha a vacina.
● Manter em home office os empregados que coabitam com pessoas de grupo de risco.
● Revisão do termo da circular que deixa o gestor decidir subjetivamente o retorno ou não do empregado ao trabalho presencial.
● Fornecimento de dados atualizados de casos de infectados e óbitos.
● Manter as reuniões periódicas quinzenais para tratar de pandemia.
● Sanitização imediata no ambiente de trabalho em caso de empregados infectados.
Os representantes da direção do Banco da Amazônia disseram que o retorno dos bancários do grupo de risco será decidido no Comitê de Crise da empresa, que já prorrogou o retorno de 26 de outubro para 30 de novembro. Não aceitam o retorno apenas quando tiver a vacina, mas que o assunto continuará sendo discutindo de acordo com a evolução da pandemia.
Em relação aos empregados que coabitam com pessoas de grupo de risco, o banco informou que a decisão será tomada pelo gestor e que vai encaminhar às entidades sindicais os dados solicitados.
As reuniões entre as entidades sindicais e o banco continuarão a ser realizadas mensalmente, podendo acontecer extraordinariamente em caso de necessidade. Mas, excepcionalmente, a próxima reunião será no dia 17 de novembro, para debater a pandemia e a segurança bancária.
Sobre a sanitização dos locais de trabalho, o banco informou que faz a higienização bimensal. Em caso isolado é feita a higienização de limpeza conforme a recomendação de uso de produto adequado para manter o ambiente limpo.
O banco também reafirmou que adota duas normas de segurança, uma que trata do teletrabalho temporário enquanto perdurar a pandemia, e outra relativa a procedimentos voltados para os cuidados com a saúde dos empregados que estiverem em trabalho presencial.
A direção da empresa também informou:
● Desde agosto está em processo de retorno ao trabalho presencial os empregados que estavam em home office.
● Na matriz ainda se verifica um percentual de 50% de trabalho presencial e os demais estão em teletrabalho. Sendo que para manter o teletrabalho dos empregados a alçada é do gestor, que pode decidir em até 40% do quadro do setor.
● Nas agências o trabalho presencial está em quase 100%.
● A maior incidência no teletrabalho são os empregados do jurídico e da TI.
● Renovou os estoques de máscaras, face shield e álcool gel.
● No prédio da matriz é feita a sanitização de dois em dois meses.
● A equipe de psicólogos presta assistência aos empregados que se manifestarem afetados pela pandemia direta ou indiretamente. Já contabilizam 400 atendimentos.
Fonte: Fetec-CUT/CN