Na reunião realizada nesta quinta-feira 12 de manhã em Belém para a assinatura do acordo de desligamentos, a direção do Banco da Amazônia anunciou a antecipação do pagamento da PLR de 2021, após a publicação do balanço na próxima semana. Participaram da cerimônia de assinatura a Federação dos Bancários do Centro-Norte (Fetec-CUT/CN), o Sindicato do Pará, a Contraf-CUT e a Comissão de Empresa dos Empregados.
O acordo para desligamentos no Banco da Amazônia previstos pela Circular GEPES Nº 2021/023 de 20/05/2021, por idade e por tempo de serviço, de acordo com a reforma da previdência em vigor (Emenda Constitucional 103/2019), foi aprovado por unanimidade pela categoria em assembleia virtual realizada no dia 01/07. Veja aqui como foram as negociações.
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Os bancários e bancárias foram representados pela presidenta do Sindicato dos Bancários do Pará, Tatiana Oliveira, pelo Coordenador da Comissão de Empregados do Banco da Amazônia, Sérgio Trindade, e pelo secretário-geral da Contraf-CUT, Gustavo Tabatinga. O Banco da Amazônia foi representado pelo seu presidente, Valdecir José de Souza Tose, e pela Gerente Executiva, Bruna Paraense. O acordo assinado tem validade para o Sindicato dos Bancários de Pará, de Roraima e de Rondonópolis.
Os dirigentes sindicais abordaram os temas discutidos o 13º Congresso Nacional dos Empregados do Banco da Amazônia, que deliberou sobre a necessidade de derrotar a Medida Provisória 1052 e defender a instituição e demais bancos regionais como bancos públicos necessários e estratégicos para o gerenciamento dos Fundos Constitucionais e para o desenvolvimento da Amazônia, do Nordeste e Centro-Oeste brasileiro.
Outra questão abordada foi o Plano de Saúde, que é uma demanda muito importante para os empregados do Banco da Amazônia, tendo em vista que a atual política de reembolso dos bancários e bancárias com o custeio de seus planos tem trazido prejuízos para os trabalhadores, sendo que muitos deles estão atualmente sem Plano de Saúde, ou seja, totalmente desassistidos pelo banco na assistência à saúde, o que é ainda mais preocupante nesse período de pandemia.
O Banco da Amazônia informou que o seu balanço financeiro será publicado na próxima semana e que será efetuada a antecipação da PLR 2021, de forma linear. O valor exato ainda não está confirmado, mas pelos cálculos do banco deve ser mais que o dobro da PLR do ano passado. O banco tem 15 dias pra fazer o depósito após a publicação do balanço.
“O acordo é resultado de um processo de negociação que iniciou em 19 de maio e, após 8 mesas de reuniões entre o Sindicato, Contraf-CUT e Fetec-CUT/CN, chegamos a essa proposta que teve 100% dos votos na assembleia virtual no mês passado”, lembra a presidenta do Sindicato, Tatiana Oliveira.
“Esse ato de assinatura foi importante não apenas pela assinatura desse acordo, que foi construído de forma democrática e com contribuições diretas de nossos colegas que são público alvo dessa medida, mas também por termos dialogado diretamente com o presidente do Banco da Amazônia sobre pontos importantes e que estão na ordem do dia para os empregados, como a MP 1052, PLR e Plano de Saúde. Esperamos aprofundar as discussões nas mesas permanentes e colher resultados positivos para nossa categoria dentro do banco”, destaca o coordenador da CEE/Banco da Amazônia, Sérgio Trindade, que também é secretário de Imprensa da Fetec-CUT/CN.
Até final do ano que vem, 117 bancários e bancárias do Banco da Amazônia serão desligados de forma compulsória. Sérgio Cardoso Borges, analista júnior, é um deles.
“Entrei no banco em 1973, foram 7 anos trabalhando no Serpro (Serviço Federal de Processamento de Dados) como contratado pelo banco. O contrato terminou e entrei na Prodepa (Empresa de Tecnologia da Informação e Comunicação do Estado do Pará), mais 5 anos. Até que em 1985 fiz o concurso. O banco não deixa de ser minha segunda casa pela qual sempre vesti a camisa e lutei”, lembra o bancário.
Sérgio Cardoso faz 70 anos em outubro e para quem ainda vai completar 70 anos ou os 180 meses de contribuição, o prazo de desligamento ficou de 1º de junho de 2022 até 31 de dezembro de 2022.
Quem já tem 70 anos ou mais e que possuam o mínimo de 180 meses de contribuição ao INSS o prazo para o desligamento é até o dia 31 de maior do ano que vem. Aqueles que já se aposentaram por tempo de serviço a partir de 14 de novembro de 2019, terá até 20 de maio de 2022 como prazo.
“A proposta foi boa, não deixa de ser uma ajuda que a gente não pode desprezar o que foi construído até se chegar nesse acordo. Vai que a gente rejeitasse e o banco resolvesse não dar nada como fez o Banco do Brasil”, comenta Sérgio Cardoso.
Fonte: Fetec-CUT/CN, com Seeb Pará