A mesa permanente de negociações específicas entre o Sindicato dos Bancários do Pará, Contraf-CUT e Fetec-CUT Centro Norte com o Banco da Amazônia foi retomada na manhã desta quinta-feira (7), de forma virtual. Na pauta de discussão foram debatidos: modelo de agências de negócios, pandemia, e o Acordo Coletivo da PLR 2022.
Os trabalhadores foram representados pela presidenta do Sindicato dos Bancários do Pará, Tatiana Oliveira; pelo dirigente da Fetec-CUT/CN e coordenador da comissão de empregados do Banco da Amazônia, Sérgio Trindade; pela dirigente executiva da Contraf-CUT, Rosalina Amorim; pelo dirigente do Sindicato dos Bancários de Rondônia, Ricardo Vitor; e pelo assessor jurídico do Sindicato do Pará, Luiz Fernando Galiza.
O Banco da Amazônia foi representado por Francisco Moura, Bruna Paraense, Anderson Pereira e Luiz Flávio Fernandes.
Agências de Negócios
O Banco da Amazônia, através do Coordenador de Planejamento de Rede de Distribuição, Luiz Flávio Fernandes, apresentou o projeto de agências de negócios iniciado em 2021, nas agências de Porto Velho (AC) e Miracema (TO). O Banco informou que atualmente possui 119 unidades de trabalho, com 116 no modelo tradicional, 1 Terminal de Atendimento e 2 agências de negócios, mas que a partir das experiências desenvolvidas o Banco da Amazônia já pretende ampliar para 10 o número de agências de negócios.
O modelo dessas agências conta com 4 ou 5 empregados: 1 gerente geral, 1 gerente de relacionamento (a depender do porte), 2 assistentes de negócio, 1 supervisor/assistente operacional. De acordo com o Banco, essas agências não possuem caixas e nem portas giratórias porque não trabalham com numerários, apenas com atendimento de serviços e venda de produtos. As agências de negócios seriam uma “porta de entrada para novos clientes”.
Das futuras 10 agências de negócios que o Banco da Amazônia pretende inaugurar, 4 seriam novas e 6 seriam adaptadas a esse formato. No Pará, o Banco pretende adaptar as agências de Icoaraci, em Belém; da Cidade Nova, em Ananindeua; e a agência de Alenquer para esse modelo de negócios.
A lotação dessas unidades priorizaria quem já trabalha na mesma e tem interesse de atuar nesse ambiente de negócios (quem não tem interesse seria lotado na agência mais próxima); e pode haver a existência de empregados com lotação descentralizada, ou seja, lotação física na unidade mais próxima, porém com vínculo com alguma unidade de área meio. Haveria ainda a possibilidade de trabalho, no sistema home office, caso se torne uma modalidade permanente no banco, o que passaria por um acordo específico sobre a matéria.
Críticas – As entidades sindicais contestaram o formato das agências de negócios, apontando que há preocupação com a ausência de portas giratórias de segurança.
“As portas giratórias e o controle de entrada, com a presença de vigilantes, por exemplo, são fundamentais para garantir a segurança dos bancários e clientes que atuam em qualquer unidade bancária. Por isso, para nós as agências de negócio do Banco da Amazônia devem conter esses controles“, destaca o coordenador da comissão de empregados do Banco da Amazônia, Sérgio Trindade.
Pandemia
O Banco da Amazônia disse que analisa os quadros nacional e regional da pandemia da Covid-19 e que em breve deve publicar nova circular sobre medidas sanitárias a serem adotadas. Sobre o Home office, o banco informou que até nova análise pelo grupo de crise, mantém os funcionários que estão afastados do trabalho presencial e que pretende construir um acordo coletivo que regulamente esse sistema, tendo o Banco do Brasil como referência.
“O Banco da Amazônia afirmou não ter registro de nenhum empregado contaminado pelo novo coronavírus e que estão mantidas as medidas de prevenção publicadas na última circular, como uso de máscaras entre funcionários e clientes dentro das agências (salvo nas cidades onde houve flexibilização para não obrigatoriedade do uso desse equipamento, em que pode haver alteração da orientação futuramente), álcool em gel, distanciamento social, dentre outras. Seguimos vigilantes em defesa da saúde e da vida dos nossos colegas no Banco da Amazônia e em todos os bancos”, ressalta a dirigente da Contraf-CUT, Rosalina Amorim.
PLR 2022
O Banco da Amazônia informou que todas as informações sobre o pagamento da PLR 2022 dos seus empregados já tramitaram nos órgãos reguladores da empresa e que em breve apresentará uma proposta de minuta para as entidades sindicais analisarem, em busca de celebração de acordo.
Extra pauta
Meu INSS – As entidades reiteraram a informação de que alguns empregados do Banco da Amazônia identificaram ausência de recolhimento de INSS através do aplicativo Meu INSS. O Banco da Amazônia disse estar dando tratamento e que as falhas foram de uma empresa contratada que não realizou o registro nominal junto ao INSS, no período de fevereiro de 2019 a dezembro de 2021, mas que já teria sido resolvido. Contudo, falta haver atualização do aplicativo Meu Inss, para o qual a regularização ainda não migrou. O Banco garante ter realizado o recolhimento do INSS de seus empregados e que possui um canal de atendimento através da GEPES para quem tiver interesse de consultar essa informação. A orientação é que, caso o empregado possua a necessidade de se afastar 16 dias ou mais, deve solicitar a GEPES a declaração de último dia trabalhado e a declaração de recolhimento do INSS, evitando negativas de benefícios e a necessidade de recursos.
Agência Óbidos – O Sindicato pediu providências para as condições de deteriorização da agência do Banco da Amazônia na cidade de Óbidos, identificadas durante a caravana bancária dessa semana, no oeste paraense. O Banco informou que há uma alçada local para reparos que irá conversar com o gerente da unidade para resolver o problema.
Assédio Moral – O Sindicato dos Bancários esteve em visita recente à agência Cidade Nova do Banco da Amazônia em Marabá e observou problemas no clima organizacional da unidade devido a práticas recorrentes de assédio moral na gestão da agência. Dos 11 empregados lotados na agência, 4 estão afastados por problemas de saúde.
“Estamos em plena campanha de combate ao Assédio Moral nos locais de trabalho e solicitamos que o Banco da Amazônia tome providências para impedir esse tipo de situação. Vimos isso de perto nas caravanas que fizemos em Marabá. Queremos providências urgentes para combater essa prática nociva à saúde dos bancários e bancárias”, afirma a presidenta do Sindicato dos Bancários do Pará, Tatiana Oliveira.
Fonte: Bancários PA