O Sindicato dos Bancários de Brasília realizou nesta semana mais uma série de visitas às agências bancárias. Desta vez nas regiões do Sudoeste e SIA. A ação faz parte da campanha contra o assédio no ambiente de trabalho, intensificada este ano após o crescimento exponencial de casos. Como parte da mobilização, os dirigentes têm percorrido os postos de trabalho com o objetivo de esclarecer as dúvidas acerca do assédio moral, assédio sexual e da discriminação nos bancos.
Para o secretário de Cultura do Sindicato, Sandro Oliveira, também funcionário do banco Itaú, o assédio, tanto moral como sexual, é um assunto recorrente dentro das agências bancárias. “É importante que as pessoas tenham as informações corretas, para saber identificar, seja o assédio, a discriminação ou qualquer outro problema, para que juntos possamos combatê-los”, pontuou.
O trabalho de conscientização, além de empoderar a categoria, visa coibir tais práticas, que afetam de forma severa a qualidade de vida e saúde da categoria. De acordo com um levantamento do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), de 2012 a 2021, mais de 40 mil bancários tiveram que se afastar do emprego por causa de doenças e acidentes relacionados ao trabalho.
Os casos de assédio muitas vezes passam despercebidos e chegam a ser “normalizados”, como se fosse uma situação cotidiana. Por isso, Paulo Frazão, diretor do Sindicato e funcionário do Bradesco, avalia que “a conscientização sobre o que é assédio e como ele é praticado é fundamental para que os bancários e bancárias sintam-se seguros para denunciar”.
Outro agravante nas agências bancárias tem sido a discriminação. Que, no ambiente de trabalho e, de modo específico, nas instituições bancárias, costuma ocorrer por meio de distinções e exclusões relacionadas a cor, orientação sexual, religião e gênero. É importante destacar ainda a discriminação contra pessoas com deficiência e o etarismo (discriminação contra pessoas mais velhas).
“Temos percebido que os bancários e bancárias têm se sentido acolhidos com as visitas. Estamos empenhados trabalhando temas com que a categoria lida no dia a dia tem sido muito importante para todos nós. O adoecimento da categoria em decorrência dessas questões cresce diariamente, por isso continuaremos realizando esse trabalho de prevenção e acolhimento”, ressalta Eliza Espindola, diretora da Fetec-CUT/CN e funcionária do Santander.
É importante que os bancários e bancárias vítimas de qualquer tipo de violência, assédio ou discriminação tenham o acesso necessário e efetivo a canais que identifiquem conduta abusivas, a fim de tomar as medidas necessárias. Nesse sentido, o Sindicato disponibiliza os canais de atendimento para todos e todas que precisam de ajuda.
Outro compromisso do Sindicato com a categoria bancária é fortalecer ainda mais o trabalho nas bases contra o assédio, a discriminação, os preconceitos e qualquer tipo de violência que coloque em risco a qualidade de vida e saúde dos trabalhadores. Portanto, a campanha de conscientização continuará a todo vapor com o escopo de atingir todas as agências bancárias do Distrito Federal.
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Leidiane Souza
Colaboração para o Seeb Brasília