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28 de Agosto de 2018 às 10:46

"Somos muitos, somos fortes, somos bancários e bancárias"

Categoria bancária comemora seu dia nesta terça-feira (28). Na atual conjuntura, com a democracia e os direitos dos trabalhadores sendo atacados, a luta de cada bancário e bancária por nenhum direito a menos e contra o desmonte dos bancos públicos será decisiva e com unidade


Brasília - Na Caixa Econômica Federal e no restante do sistema financeiro, seja público ou privado, nenhum benefício veio nem virá de graça. Tudo é conquistado com muita luta. Em meio a mais uma Campanha Nacional Unificada, e diante de um cenário de tantos ataques aos direitos da classe trabalhadora, o Dia Nacional do Bancário será comemorado nesta terça-feira (28) com protestos e manifestações em todo o Brasil. Como já é tradição, haverá festas e muita irreverência, mas também atividades nas ruas e nas portas de agências bancárias por nenhum direito a menos e contra o desmonte dos bancos públicos. Sempre lutamos, não vamos parar agora!


Muitas histórias, mobilizações e conquistas rondam o cotidiano do Dia Nacional do Bancário. Desde a origem da data de 28 de agosto, que remonta ao ano de 1951, quando houve a primeira greve geral no âmbito das instituições financeiras do país, a categoria bancária luta por condições dignas de vida e de trabalho. A estratégia tem sido a de atacar o emergencial e o estrutural, ao mesmo tempo e com igual intensidade. A luta é comum a todos os bancários e bancárias do país e a hora é de unidade, afirmação de propósitos e de resistência.

No caso específico da Caixa, lutar para preservar o banco 100% público é lutar para manter vivo o sonho de um Brasil mais justo, democrático e soberano. Todo o país perde com a política de desmonte do patrimônio público, que afeta negativamente toda a população, pois prejudica o financiamento da habitação, obras de infraestrutura, projetos de geração de renda e políticas de inclusão social. Tanto a Caixa quanto outros bancos públicos desempenham um papel fundamental na economia nacional e atuam como vitais instrumentos de política econômica e de promoção ao desenvolvimento econômico e social. Essa atuação tão importante, no entanto, tem sido atacada pelo atual governo, a ponto de no último período o crédito oferecido pelos bancos públicos ter sofrido quedas substanciais.

As entidades representativas da categoria sublinham os diversos problemas que estão ocorrendo na Caixa. São contradições em relação ao papel social do banco público. É fato que é a Caixa que tem segurado a economia do país. Na contramão de tudo isso, o governo e a direção da empresa estão executando um plano para diminuir o tamanho do banco.

O que fundamenta as ações do ilegítimo governo Michel Temer para agir contra a Caixa e os bancos públicos é a visão de que o setor privado e o mercado podem resolver todos os problemas econômicos do país. Como resultado disso, o momento vivido pela cadeia produtiva brasileira é de retração da atividade econômica, elevação do desemprego e queda na renda das famílias. Isto está manifestado na situação deplorável do mercado de trabalho, com mudanças duras nas regras da Previdência e na precarização da legislação trabalhista, entre outras medidas regressivas.  

A resistência contra essa agenda retrógrada e conservadora será reafirmada nas atividades programadas para o Dia Nacional do Bancário, que não é uma data oficial, criada artificialmente, mas uma conquista de uma categoria lutadora, inspirada e organizada. O avanço na superação dos problemas estruturais na Caixa passa pela democratização da gestão, com o fim da cultura da desvalorização profissional, como resultado de um dos períodos mais difíceis para os empregados. Uma nova perspectiva para o banco, mais sintonizada com os desafios sociais do país, deve ser construída pelo exercício permanente do diálogo com os trabalhadores e suas representações, na busca de soluções que expressem acordos amplos, concretos e duradouros.

Se a Caixa 100% pública foi produto da luta social potente, nas mobilizações de ruas, sua defesa não poderá obedecer a outra exigência. Na busca por novas conquistas e avanços, seja em que âmbito for, as representações sindicais colocam a pauta de reivindicações, o movimento nacional da categoria bancária intensifica os rumos da Campanha Nacional Unificada 2018 e a Fenae defende horizontes mais democráticos para a Caixa, na perspectiva de barrar qualquer tentativa governamental de esvaziamento ou privatização do banco.

É preciso reafirmar a unidade ainda mais e lutar contra o retrocesso no país e nos bancos públicos. No decorrer dos anos, um patrimônio público sólido e lucrativo foi construído, mas esse resultado deve ser dividido com a população. Acreditamos nisso e vamos continuar lutando por isso.

Viva, portanto, o Dia do Bancário! Fica daí a certeza de que a categoria bancária pode muito mais, com o espírito de sempre: a unidade e a vocação para a luta. Neste ano de 2018, a cada nova mobilização ou movimento, o parâmetro é dado pelo princípio “Todos por Tudo – Resistir e Vencer”, de acordo com o que propõe a Campanha Nacional Unificada de todos os bancários e bancárias deste país. A luta continua!

Diretoria da Fenae


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