O Sindicato realizou, neste mês, mais uma doação de cestas básicas às comunidades Kalunga da Chapada dos Veadeiros, no Norte de Goiás. A ação dá continuidade a uma relação de solidariedade iniciada em 2020, no auge da pandemia de Covid-19, quando o isolamento social agravou ainda mais as dificuldades enfrentadas pelos quilombolas da região.

O povo Kalunga é descendente de africanos escravizados que, ao fugirem do cativeiro, formaram comunidades em áreas remotas do cerrado goiano, preservando até hoje suas tradições e modo de vida. O território Kalunga foi reconhecido oficialmente em 1991 como Sítio Histórico pelo governo de Goiás, sendo parte integrante do patrimônio cultural brasileiro.

O vínculo entre o Sindicato e as comunidades Kalunga começou por iniciativa da historiadora Eleuza Pereira, pesquisadora do território quilombola e moradora de Teresina de Goiás. Sensibilizada com a situação dos Kalungas durante a pandemia, Eleuza buscou apoio junto a entidades parceiras, até chegar ao Sindicato. A resposta foi imediata: diretores do Sindicato estiveram pessoalmente em Teresina levando centenas de cestas básicas às comunidades de Ema, Diadema, Limoeiro, Escalda, Jatobá e Abobreira.

Desde então, o Sindicato tem mantido o compromisso com os Kalungas, realizando doações periódicas e se tornando uma referência de apoio às comunidades, muitas vezes esquecidas pelo poder público.

“Para nós, essa parceria é motivo de orgulho. Estamos falando de um povo que representa resistência, história e cultura viva do Brasil. É uma obrigação ética e política estarmos ao lado deles”, afirma Eduardo Araújo.

Para Eleuza Pereira, o Sindicato se tornou um verdadeiro “padrinho” dos Kalungas. “Eles abraçaram a causa. Em um momento em que as políticas públicas não chegavam até nós, foi o Sindicato que estendeu a mão e continua presente até hoje”, destaca.

Da Redação