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31 de Outubro de 2017 às 07:39

Itaú: Sindicato denuncia assédio e demissões em Brasília


Brasília - Diretores do Sindicato e da Federação dos Bancários do Centro Norte (Fetec-CUT/CN) se reuniram, na manhã desta sexta-feira (27), na sede do Sindicato, com representantes do departamento de Relações Sindicais do Itaú. Durante o encontro, os dirigentes denunciaram graves situações de assédio moral praticadas por gestores, além de demissões e fechamento de agências em Brasília. E cobraram respostas.

Bancários adoecidos 

De acordo com os dirigentes sindicais, as principais vítimas de assédio moral no Itaú são bancários que retornam ao trabalho depois da licença saúde. Mesmo com orientação médica que restringe determinadas atividades, as denúncias apontam que os gestores desconsideram a recomendação. Há casos em que o bancário é transferido frequentemente de agência, dificultando o tratamento.

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Os trabalhadores contam ainda que escutam frases do tipo: “se não estiver satisfeito, pede para sair” e “se retornou para o banco, vai para qualquer lugar”. No entendimento dos representantes sindicais, comportamentos como estes, vindos de gestores, só pioram a produção do trabalho e deixam os bancários insatisfeitos.

As mulheres, de acordo com os registros do Sindicato, são as que mais sofrem com o assédio moral. Por causa da perseguição e do terrorismo, algumas pensam em entrar com processo judicial para impedir que o gestor assediador se aproxime.

Descumprimento da CCT 

Outra crítica dos representantes dos trabalhadores ao banco Itaú diz respeito ao descumprimento de duas cláusulas da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) dos bancários.

No item 29 da CCT, que trata da complementação salarial em caso de concessão de auxílio doença previdenciário e auxílio doença acidentário, o bancário tem assegurado esse completo. Pelo que o Sindicato apurou, porém, os bancários do Itaú não têm recebido.

O programa de retorno ao trabalho, disposto na cláusula 45 da CCT, é outro ponto de reclamação entre os funcionários do Itaú em Brasília. De acordo com o texto, o programa deve assegurar as condições para a reinserção do bancário no trabalho. Neste sentido, os diretores do Sindicato propuseram que o bancário que retornar não seja transferido de local de trabalho, já que as frequentes mudanças têm causado muito constrangimento aos trabalhadores.

Os representantes do banco ficaram de apresentar os dados de demissões e fechamento de agências em Brasília, além de apurar as graves denúncias de assédio cometidas por gestores. A proposta é que reuniões como esta sejam realizadas periodicamente para tratar das demandas dos bancários.

Participaram da reunião Edmilson Lacerda, Robertinho Alves e Sandro Oliveira (diretores do Sindicato), e Conceição Costa, Washington Henrique e Louraci Morais (diretores da Fetec-CUT/CN), todos funcionários do Itaú. A secretária de Saúde do Sindicato, Mônica Dieb, e o presidente, Eduardo Araújo, também participaram do encontro.


Joanna Alves 
Do Seeb Brasília


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