Notícias

home » notícias

31 de Janeiro de 2017 às 18:00

Empregados realizam Dia Nacional de Luta contra reajuste arbitrário no Saúde Caixa


Crédito: SEEB/BSB

Brasília - Depois da direção da Caixa reajustar unilateralmente os valores do Saúde Caixa, descumprindo o acordo aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) e sem negociar com o movimento sindical, empregados e empregadas de todo o país realizaram, nesta terça-feira (31), um Dia Nacional de Luta contra a arbitrariedade. Em Brasília, o ato foi organizado pelo Sindicato em frente ao edifício Matriz II, no Setor de Autarquias Sul (SAS).

Os valores das mensalidades do plano de saúde passarão de 2% para 3,46% da remuneração base, o percentual de coparticipação subirá de 20% para 30% e o teto de coparticipação anual de R$ 2.400 passa para R$ 4.209,05. De acordo com o comunicado enviado aos empregados, os novos valores começam a valer nesta quarta-feira, 1º de fevereiro.

“Os empregados receberam a notícia com surpresa e indignação porque nada justifica esse reajuste. Estamos cobrando, com todo a razão, uma explicação da Caixa, já que foi uma medida arbitrária, unilateral e sem nenhuma justificativa”, contou o diretor do Sindicato Renato Shalders.

Na última quinta-feira (26), horas antes de encaminhar o comunicado de reajuste ao corpo funcional, representantes da Caixa participaram de uma reunião com o Conselho de Usuários do plano. Na ocasião, a empresa apresentou que houve superávit em 2016 com previsão, inclusive, de superávit para os próximos anos.

“Essa decisão não está de acordo com o que estava sendo debatido com os usuários do plano e com os empregados da Caixa. Eles não mencionaram o reajuste durante a reunião. Quando nos retiramos da sala, recebemos esse golpe”, revelou Vanessa Sobreira, diretora do Sindicato e da CUT Brasília e integrante do Conselho.

Para a diretora do Sindicato e da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Fabiana Uehara, a direção da empresa peca pela falta diálogo e transparência. “O Grupo de Trabalho que trata do assunto e o Conselho de Usuários, no mínimo, deveriam ter sido consultados, além dos empregados e empregadas, é claro. Os reajustes são inaceitáveis e injustificados”, completou.

De acordo com o diretor da Contraf-CUT Enilson da Silva, “desde os anos 90 não víamos nada parecido: aumentar o plano de saúde rasgando a acordo coletivo e desrespeitando as representações dos empregados e, mais do que isso, desrespeitando os trabalhadores da empresa”.

“O Sindicato já está atuando na esfera judicial, chamando a Caixa para responder no Tribunal de Justiça do Trabalho porque a direção tomou uma atitude que não só desrespeita o acordo coletivo de trabalho como desrespeita a inteligência dos empregados e empregadas”, destaca o secretário de Finanças do Sindicato, Wandeir Severo.

Enquanto a direção da empresa não voltar atrás na decisão, o Sindicato permanecerá mobilizado em defesa da transparência nos processos de mudança no Saúde Caixa. 

Joanna Alves 
Colaboração para o Seeb Brasília


Notícias Relacionadas