Cuiabá MT - Desde segunda (23.04), duas equipes formadas por diretores do Sindicato dos Bancários de Mato Grosso (Seeb/MT) percorreram 12 municípios do Interior do Estado. A ação objetiva dialogar com os bancários e bancárias temas relativos à atual conjuntura política e os desmontes dos direitos trabalhistas. As visitas também fazem parte da preparação da Campanha Nacional dos Bancários de 2018.
Os diretores que estão na estrada são: o presidente do Sindicato, Clodoaldo Barbosa, do secretário de Patrimônio e Orçamento, José Guerra, o secretário de Asssuntos Intersindicais e Sociais e presidente da Central Única dos Trabalhadores de Mato Grosso (CUT/MT), João Luiz Dourado, o Secretário de Assuntos Jurídicos , Marcilio Silva. E, os diretores do Seeb/MT, Marcos Antônio Saltareli, Luiz Edwirges e Luiz Carlos Rocha. Os dirigentes do Sindicato estão aproveitando as visitas para ampliar o quadro associativo com novas filiações, informar sobre as ações jurídicas impetradas pelo Sindicato e chamar a categoria para fortalecer a luta em defesa dos direitos.
As equipes percorrem os municípios de Nova Canaã, Paranaita, Alta Floresta, Nova Monte Verde, Carlinda, Diamantino, Arenapólis, Nortelândia, Alto Paraguai, Denise, Nova Olímpia, Barra do Burgres e Arenapólis. No total, foram 13 cidades contempladas com reuniões. Durante as reuniões estão sendo debatidas questões sobre a reestruturação dos bancos públicos, terceirização, reforma trabalhista e a Campanha Nacional dos Bancários de 2018.
De acordo com o presidente Seeb/MT, Clodoaldo Barbosa, o foco, agora é a Campanha Nacional dos Bancários, que precisa ser antecipada. “Com a reforma trabalhista, vivemos uma situação bem diferente dos anos anteriores. A partir do dia 31 agosto zera tudo. Antes, tínhamos direitos enquanto não assinássemos um novo Acordo, o acordo anterior, mesmo vencido, estava garantido e agora não, isso acabou”, afirma Clodoaldo, alertando para as dificuldades da Campanha de 2018.
Segundo o secretário de assuntos intersindicais e Sociais e presidente da CUT/MT, João Luiz Dourado, o diálogo com a categoria é oportuna e necessária diante da brutal retirada de direitos. “Os bancários e as bancárias terão o desafio de enfrentar a implementação da reforma trabalhista no setor financeiro. As condições de trabalho, pouco a pouco, estão sendo precarizadas: como jornada intermitentes, pejotização, home office, autônomos e terceirizados”, explica o presidente da CUT MT.
“Por isso, uma das pautas centrais a ser defendida na mesa de negociação deste ano será a manutenção do Acordo Coletivo Nacional, além de acordos específicos dos bancos privados. É importante que sejam mantidas todas as 120 cláusulas, além de garantir a ampliar de direitos”, completa João Dourado.
"Estamos tendo uma boa receptividade dos bancários do Interior. Precisamos alertar a categoria para os riscos que estamos correndo com as reformas que retiram os direitos trabalhistas, que promovem a privatização dos bancos públicos e principalmente, com os riscos de valer mais o “negociado sobre o legislado”, e da “terceirização sem limites”, frisa o diretor do Seeb/MT, Luiz Edwirges.