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29 de Agosto de 2023 às 08:48

Dia do Bancário: categoria tem muito a comemorar


Nesta segunda-feira, 28 de agosto, comemora-se o Dia do Bancário. A data foi criada para lembrar de uma grande vitória da categoria, o reajuste de 31% nos salários, quando os bancos queriam dar apenas 20%. Isso foi em 1951 e a conquista veio depois de 69 dias de paralisação. Mas, essa não é a única vitória da categoria! A história das bancárias e bancários é marcada por muitas conquistas!

“Sou funcionária do Bradesco desde 1992. De lá para cá, muitas mudanças aconteceram no setor. O trabalho bancário mudou, os problemas na categoria também mudaram, a sociedade mudou. Travamos muitas lutas, com governos que atacaram direitos das bancárias e dos bancários, governos que nos ouviam”, recordou a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira. “Foi uma trajetória de muito aprendizado e construímos uma organização nacional com uma unidade muito grande! Temos uma Convenção Coletiva nacional”, completou a presidenta da Contraf-CUT.

Mas, para Juvandia, o que mais precisa ser comemorado é a própria bancária, o próprio bancário. “Hoje é um dia especial! Temos muitas conquistas a comemorar. Mas temos que comemorar também a vida do bancário e da bancária. Esse é o nosso valor maior!”, disse. “Parabéns pelo seu dia, pela sua profissão, por sua dedicação à sociedade brasileira!”, disse a presidenta da Contraf-CUT.

Para Ivone Colombo, presidenta do Sindicato dos Bancários e Trabalhadores do Ramo Financeiro de Rondônia (SEEB-RO), a categoria conquistou avanços nas cláusulas econômicas, mas ainda enfrenta muitos desafios, tanto no cenário local quanto no nacional.

“Infelizmente ainda convivemos, diariamente, com o infortúnio das cobranças por cumprimento de metas abusivas e desumanas, reconhecidamente o fator de adoecimento e, consequentemente, de afastamentos dos trabalhadores. Por isso o Sindicato permanece na luta permanente em defesa não apenas dos direitos e conquistas, mas principalmente da saúde e dignidade dos bancários e bancárias de Rondônia”, destacou Ivone.

 

HISTÓRICO

No dia 28 de agosto de 1951, os bancários decidiram cruzar os braços para reivindicar um reajuste salarial de 40%. Os bancos queriam dar apenas 20%.

Os índices oficiais do governo na época apontavam um aumento de 15,4% no custo de vida. Os bancários refizeram os cálculos e o próprio governo teve que rever seus índices, que saltou para impressionantes 30,7%. Depois de 69 dias de paralisação, os bancários conquistaram 31% de reajuste. Foi a maior greve da história da categoria. O dia 28 de agosto passou a ser considerado como o Dia do Bancário.

 

MUITO ALÉM DO REAJUSTE

Mas, além do reajuste, a greve de 1951 também fez surgir sindicatos de bancários em vários pontos do país. Assim, também é indiscutível a importância da greve para a organização da luta da categoria, que de lá para cá obteve muitas outras conquistas.

Outro mérito da greve de 1951, foi a contestação dos dados oficiais do governo. A partir daí, surgiram as bases para a criação do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). O Dieese nasceu com o objetivo de municiar os trabalhadores com dados estatísticos confiáveis.

 

DIA ESPECIAL

O dia 28 de agosto também deve ser comemorado pela fundação da Central Única dos Trabalhadores (CUT), durante o 1º Congresso Nacional da Classe Trabalhadora (Conclat), em 1983. Ainda durante a ditadura militar.

Fonte: Contraf-CUT, com edição do SEEB-RO

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