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7 de Abril de 2017 às 07:03

Condições de trabalho e PLR são temas de reunião com superintendente da Caixa


Crédito: SEEB/PA
Dirigentes reuniram-se pela primeira vez com o novo superintendente regional Norte do Pará

Belém PA - Na última sexta-feira (31), os diretores do Sindicato dos Bancários, Tatiana Oliveira e Heider Alberto, reuniram-se pela primeira vez com o novo superintendente regional Norte do Pará, Guilherme Bacellar, para falar sobre condições de trabalho e PLR.

A reunião cobrou melhorias urgentes na estrutura da agência Cabanagem, que sofre com alagamentos e problemas de infraestrutura no prédio e nas ruas do entorno que estão intrafegáveis.

“Gostaríamos de sugerir à Superintendência da Caixa que reivindique junto à prefeitura de Belém uma ação urgente para garantir condições de acesso de veículos e pedestres à unidade, bem como o recolhimento da grande quantidade de lixo armazenado no local. Por dentro e por fora, a agência está em situação crítica há muito tempo, o que coloca em risco a segurança dos bancários, clientes e usuários”, aponta o dirigente sindical e empregado do banco, Heider Alberto.

Segundo o gerente de filial da Gilog, Paulo Mariano, em até 8 meses estará finalizada a obra do novo prédio da agência Cabanagem localizado endereço na Trav. Tavares Bastos próximo a Av. Almirante Barroso. No entanto Paulo Mariano ressaltou que os gestores da agência Cabanagem devem continuar a solicitar os serviços de manutenção necessários ao prédio atual da agência, pois as condições estruturais precisam ser mantidas.

Outro ponto debatido foi a diminuição do número de empregados com o PDVE, já que não têm ocorrido novas contratações, vários bancários e bancárias estão sofrendo com a sobrecarga de trabalho e a extrapolação da jornada em todo o Pará. A SR Norte afirmou que, de fato, não há perspectiva de novo concurso, devendo haver apenas movimentação de empregados observando onde há maior déficit.

Quanto a liberação do pagamento do FGTS de contas inativas, a SR afirmou que a política é de manifestação de interesse e alocação de empregados para o trabalho aos sábados, com pagamento integral das horas extras, qualquer tratamento diferente disso deve ser comunicado ao sindicato.

A agência Shopping Formosa e Altamira também foram temas da reunião. Na Formosa o fluxo de atendimento social está acima do normal, e na agência Altamira, desde outubro do ano passado, o déficit seria de pelo menos 5 bancários, diante de uma LAP de 20 empregados, uma ouvidoria interna foi aberta e uma denúncia chegou ao sindicato para denunciar os problemas na unidade. Ficou acertado da SR acompanhar de perto, verificando o que pode ser feito para amenizar as demandas de atendimento, após análise dos medidores internos da Caixa quanto à produtividade e sensibilizar gestores quanto à resolução de demandas de clientes no primeiro atendimento, evitando a política de agendamento, o que sobrecarrega algumas unidades.

Jornada de trabalho – O Sindicato informou à Caixa que tem recebido várias denúncias quanto à pressão de alguns gestores para a extrapolação da jornada mediante a burla ao sistema de ponto eletrônico, tais práticas têm sido utilizadas como instrumento de gestão e incentivo ao atingimento de metas.

Segundo denúncias recebidas, um aplicativo é usado nos terminais para “derrubar” o relógio e impedir que o computador desligue após o registro de saída do empregado. Dessa forma, o bancário continua trabalhando sem o registro adequado das horas extras e assume solidariamente com a empresa o risco de estar na unidade fora do horário de trabalho. O Sindicato alerta o imenso risco dessa prática tanto para a empresa quanto para os empregados.

A Caixa negou o fato. A entidade ratificou o problema e informou que o aplicativo estaria circulando através de dispositivos portáteis de armazenamento, como o pendrive.

Além disso, o Sindicato pediu que a SR Norte conversasse com os gestores que ainda estariam ameaçando seus subordinados no sentido de que a não colaboração do empregado dificultaria a ascensão profissional. Um ofício reiterando esta questão será enviado pela entidade.

PLR e pronunciamento do Presidente da Caixa – No dia 28 de março, quando foi publicado o balanço, Gilberto Occhi se pronunciou sobre temas que causaram desconforto e desconfiança entre os empregados quantos aos rumos da empresa. Como o lucro apresentado de R$ 4,1 bilhões, muito longe do projetado pela Caixa em outubro, que era de R$ 6,7 bilhões; além do anúncio de fechamento de 120 agências e alterações radicais no Saúde Caixa.

Durante a reunião, os dirigentes sindicais também questionaram a SR, enquanto representação local da direção da empresa, e registraram o descontentamento dos colegas contras as medidas anunciadas.

“A demora na divulgação do balanço e a segunda parcela da PLR geraram desconfiança em relação à redução de 41% no lucro, já que quase todos os itens do balanço apresentaram melhora, como o excelente resultado operacional que quase triplicou, crescendo 271,7%. O pronunciamento da empresa à imprensa revela um projeto para diminuir a atuação do banco, enfraquecê-lo e, talvez, justificar uma falsa necessidade de capitalização e privatização. Há muita preocupação com reestruturações e alterações no plano de saúde também”, destaca Tatiana Oliveira.

Para o Sindicato, no mínimo, a Caixa deveria utilizar como referência para o pagamento da PLR o lucro líquido recorrente de R$ 4,967 bilhões e não o lucro líquido contábil de R$ 4,137 bilhões. Desta forma, a PLR adicional e a PLR Social teriam aumento de cerca de 20%, e a regra básica também teria seu valor elevado.

Segundo a SR Norte, a postura adotada pela Caixa foi no sentido de observar o cenário político e econômico atual. Quanto ao fechamento de agências, a Superintendência afirmou não ter conhecimento de nenhuma agência no Pará entre as definidas e acredita que todas tem condições de se recuperar e apresentar resultados positivos, conforme tem sido feito nos últimos anos com as que apresentavam déficit.

 

Fonte: Bancários PA


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