Notícias

home » notícias

20 de Setembro de 2016 às 16:07

Bancos se calam diante de greve histórica e viram as costas para trabalhadores e população


Crédito: SEEB/RO

Porto Velho RO - A greve nacional dos bancários completou, nesta terça-feira, 20/9, 15 dias, sendo a maior da história já que, ontem (19), de acordo com dados da Contraf-CUT, em todo o país foram 13.071 agências que tiveram suas atividades paralisadas, um recorde para a categoria. O número representa 56% do total de agências do Brasil.

O crescimento do movimento, que entrou na sua terceira semana, é uma resposta ao desrespeito apresentado pala Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) com a categoria, ao não apresentar, nas duas últimas rodadas de negociação, melhorias na proposta já rejeitada.

Em Rondônia o número de agências fechadas se mantém na casa dos 86%, com 114 das 130 agências fechadas no Estado.

Mas nem mesmo essa greve histórica foi capaz de, até o momento, sensibilizar os representantes patronais que desde a última sexta-feira, 16 - após não apresentarem nenhuma proposta nova - estão completamente em silêncio, ignorando o fato da greve estar sendo intensificada a cada dia e, muito menos, o transtorno que isso trás para a população em geral, que precisa resolver alguma pendência diretamente dentro das agências que, com a paralisação, estão fechadas.

 

ELES PODEM, MAS DEMITEM

Enquanto o setor produtivo do país amarga prejuízos, o lucro dos bancos supera o de todos os outros setores juntos, de acordo com levantamento divulgado pela revista Infomoney, divulgada no dia 06 de setembro. Com lucro de quase R$ 70 bilhões em 2015 e R$ 30 bilhões no primeiro semestre deste ano, os banqueiros se recusam a sequer repor as perdas inflacionárias aos seus funcionários que reivindicam também um aumento real de 5%.

O setor que mais lucra no Brasil também é o que mais demite. Os cinco maiores bancos brasileiros (Bradesco, Itaú Unibanco, Santander, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal) fecharam mais de 13.600 postos de trabalho em relação ao mesmo período de 2015 e, juntos, fecharam 422 agências bancárias.

"Fica, portanto, evidente que não existe crise para os bancos, e que é exatamente neste momento de crise que eles lucram mais. Eles podem atender a todas as nossas reivindicações facilmente, a qualquer momento e, com isso, dar um fim à greve. Mas não querem, pois o objetivo de banco é só lucro e nada de valorizar o ser humano", disparou José Pinheiro, presidente do Sindicato dos Bancários e Trabalhadores do Ramo Financeiro de Rondônia (SEEB-RO).

 

Fonte: SEEB-Rondônia

 

 


Notícias Relacionadas