Dourados MS - A greve dos bancários entrou, nesta segunda-feira (19) em seu 14º dia e a categoria espera para essa semana que os bancos possam retomar as negociações e mudar a proposta rebaixada de 7% de reajuste nos salários, na PLR e nos auxílios refeição, alimentação, creche, e abono de R$ 3,3mil.
Na última sexta-feira, a Justiça do Trabalho acolheu pedido da OAB/MS em Ação Civil Pública e determinou a volta do expediente, com pelo menos 30% do efetivo, apenas nas unidades conveniadas com o Poder Público, para o cumprimento de mandados judiciais envolvendo pagamento e liberação de valores depositados em contas judiciais e isso acabou gerando uma confusão em alguns bancários e na sociedade que após saber da noticia.
Entretanto vale ressaltar que os bancários sempre cumpriram rigorosamente o que determina a Lei 7.783 e que essa medida judicial não afeta em nada a greve dos trabalhadores dos bancos, que é um direito garantido em Lei.
Tal, decisão nada influi nossa greve, uma vez que a lei estabelece como essencial o serviço de compensação bancária, o que vem ocorrendo normalmente desde o primeiro dia de greve. A greve é legítima e vai continuar.
Diante da falta de proposta digna por parte da Federação dos Bancos (Fenaban), a pressão do setor que mais lucra no país vem aumentando.
O Bradesco tem pressionado bastante seus funcionários. Na última sexta-feira (16), houve a ordem de abrir as agências de qualquer maneira. Porém, a categoria atendeu ao apelo do Sindicato e manteve a paralisação.
No Itaú hoje pela manhã, funcionários foram obrigados comparecer ao trabalho, mas o Sindicato informa que essa pressão é ilegítima e que vamos continuar garantindo o direto do trabalhador em luta e buscar melhorias.
Mesmo com os bancos querendo burlar o movimento, que é totalmente legal, a categoria segue resistindo, com consciência, que somente através da luta, da unidade irá mais uma vez conseguir quebrar a intolerância dos banqueiros e sair vitoriosa nesta campanha nacional que tem como tema: Só a luta te garante.
Entre as reivindicações da Campanha Nacional 2016, estão aumento real, valorização do piso, PLR melhor, fim das metas abusivas e do assédio moral. A categoria também luta em defesa do emprego, das empresas públicas e dos direitos dos trabalhadores brasileiros.
Conforme dados da Contraf-CUT, a greve nacional dos bancários 2016 é a maior da história. Nesta segunda-feira (19), décimo quarto dia de mobilização, 13.071 agências tiveram as atividades paralisadas, um recorde para a categoria. O número representa 56% do total de agências do Brasil.
Fonte: SEEB/Dourados MS