São Paulo – Entre as novas medidas impostas pela direção da Caixa Federal estão as mudanças que ameaçam os tesoureiros. Eles passaram a ser subordinados aos gestores da rede e, o que é mais grave, são submetidos a um período de ‘experiência’ de 60 dias. Após esse prazo, podem ser descomissionados e a agência não poderá designar outro empregado para a função em caráter efetivo.
Segundo o diretor do Sindicato e empregado da Caixa Francisco Pugliesi, o Chico, na prática se trata da extinção da função. “Assim como está extinguindo os caixas, substituindo-os pelos caixas minuto [bancários que assumem a tarefa eventualmente], o banco quer acabar com a função de tesoureiro e adotar o tesoureiro minuto. Ou seja, descomissiona e não nomeia outros”, explica o dirigente.
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“Por isso, é muito importante que neste momento os tesoureiros entrem em greve e fortaleçam o movimento. Conversem com os colegas. Só a mobilização vai arrancar proposta decente da Fenaban [federação dos bancos] e da Caixa, e é com a nossa união que vamos resistir aos ataques da direção do banco”.
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Greve é direito – Chico lembra ainda que a greve é um direito constitucional, previsto na lei 7.783/89, e que os trabalhadores não devem ceder à pressão de gestores para não aderir ao movimento. “Se estiver sofrendo qualquer pressão para furar a greve, os bancários devem denunciar ao Sindicato.”
Fonte: SEEB/São Paulo