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23 de Fevereiro de 2017 às 07:05

Questionário da CEE/Caixa busca detectar condições de trabalho dos avaliadores de penhor

Objetivo é reivindicar à Caixa valorização profissional, combatendo a ameaça de corte do pagamento do adicional de insalubridade, uma conquista de mais de 40 anos


Crédito: Reprodução

Brasília - A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf/CUT) e a Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa) estão orientando as federações e os sindicatos de bancários de todo o país a aplicarem questionário junto aos avaliadores de penhor da Caixa Econômica Federal, para colher informações a respeito das condições de trabalho no setor.

Os dados dessa pesquisa vão fazer parte de um laudo técnico nacional sobre a atividade e visa reivindicar valorização profissional e melhorias nas condições de saúde do trabalhador, diferentemente do método utilizado pelo banco, que tolera níveis elevados de absorção de gases ácidos.

O prazo indicado para envio à Contraf/CUT dos questionários respondidos é 20 de março. É que, no mês de abril, a direção da empresa mais uma vez ameaça retirar dos profissionais o adicional de insalubridade, fato que tem sido contestado pelas entidades representativas, com o exercício de pressões sucessivas e permanentes, a exemplo das mobilizações que têm sido realizadas desde julho do ano passado, quando a empresa começou a ventilar a hipótese do fim do benefício.

As federações e sindicatos devem remeter o formulário digitalizado para [email protected], ou pelo correio para o endereço: Rua Líbero Badaró, 158 - 1º andar - São Paulo/SP, até o dia 21 de março, impreterivelmente. Esse questionário também está disponível na seção de download na área de acesso restrito do site www.contrafcut.org.br.

O presidente da Fenae, Jair Pedro Ferreira, defende mais respeito e condições dignas de trabalho para os avaliadores de penhor. Segundo ele, enquanto essa conquista não é alcançada, é arbitrário suspender o adicional de insalubridade desses profissionais. “Reivindicamos tempo para que sejam contratadas perícias técnicas, a fim de que os locais de trabalho possam ser melhores avaliados”, ressalta.

Para Jair Ferreira, o respeito aos avaliadores de penhor se relaciona diretamente a fatores como a retomada das contratações e melhores condições de trabalho, “constituindo-se essa uma luta de todos os empregados da Caixa”. E acrescenta: “Não serão apenas os avaliadores de penhor os beneficiados com as melhorias nos ambientes em que as operações são realizadas, mas milhares de cidadãos brasileiros que recorrem ao serviço Brasil afora”.

Histórico sucinto

A atividade de penhor é uma das mais antigas da Caixa Econômica Federal e confunde-se com a fundação da instituição, em 1861. Também é rentável e representa mais de 30% das receitas. O serviço, prestado exclusivamente pelo banco, atrai cada vez mais clientes de baixa renda. Antigamente, porém, as operações eram feitas por casas privadas, que cobravam juros extorsivos e impunham cláusulas abusivas.

Atualmente, a Caixa conta com aproximadamente 900 trabalhadores que atuam no setor. Em torno de R$ 352 (hoje), o valor do adicional de insalubridade é pago há mais de 40 anos, em razão dos riscos à saúde gerados pela manipulação de produtos químicos. O imbróglio foi estabelecido tão logo o banco passou a divulgar a tese de que os locais de trabalho são adequados, embora os relatos dos avaliadores mostrem exatamente o contrário.

Fonte: Fenae


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