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15 de Março de 2019 às 11:49

PM acusado de matar Marielle depositou R$ 100 mil em dinheiro, revela COAF

Justiça aceitou pedido bloqueio do dinheiro e dos bens encontrados pela polícia feito pelo MP para garantir a indenização por danos morais e materiais às famílias de Marielle e de Anderson


Crédito: Reprodução

Escrito por: Redação CUT

O policial reformado Ronnie Lessa, denunciado pelo assassinato da vereadora  Marielle Franco (PSOL-RJ) e do motorista Anderson Gomes, depositou R$ 100 mil em dinheiro em um banco no dia 9 de outubro de 2018, sete meses depois do crime.

A informação consta em relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), citado pelo Ministério Público no pedido de bloqueio dos bens de Lessa e do ex-PM Élcio Queiroz, também preso.

O MP pediu à Justiça bloqueio do dinheiro para garantir a indenização por danos morais e materiais às famílias de Marielle e de Anderson.

"O pedido de bloqueio de bens foi feito à Justiça no momento do oferecimento da denúncia e deferido pelo Juízo", explicou o MP por meio de nota.

No pedido, o MP também citou a lancha apreendida pela Polícia Civil em um condomínio de luxo em Angra dos Reis, na última quarta-feira (13), pela Polícia Civil que pertenceria a Ronnie Lessa, mas estava em nome de um  amigo usado como “laranja”, Alexandre Motta Souza; e ainda os automóveis do PM reformado (um deles, um Infinity avaliado em R$ 150 mil), e a casa dele, localizada em um “condomínio luxuoso na Barra da Tijuca”. Tudo isso, segundo o Ministério Público, seria incompatível com a renda de um policial militar reformado.

O pedido de arresto foi aceito pelo juiz Gustavo Kalil, da 4ª Vara Criminal, na mesma decisão em que recebeu a denúncia do MP e decretou a prisão de Ronnie Lessa e Elcio Queiroz.

Depoimento e transferência

Lessa e Queiroz devem ser levados para depor nesta sexta-feira (15) sobre o atentado a Marielle. Na quinta (14), ambos foram levados para audiência de custódia em Benfica por terem sido presos em flagrante, na terça-feira (12), por posse ilegal de arma.

A Justiça converteu em prisões preventivas as prisões em flagrante de Élcio Queiroz, Ronnie Lessa e Alexandre Mota por posse ilegal de arma de fogo de uso restrito. No caso de Élcio, os policiais que cumpriram o mandado de prisão pelo caso Marielle encontraram duas pistolas e munição de fuzil dentro de seu guarda-roupa. Também havia munição de fuzil no veículo em que Élcio estava quando foi flagrado ao tentar fugir. Na casa de um amigo de Ronnie a polícia encontrou 117 fuzis incompletos desmontados.


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