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18 de Setembro de 2018 às 07:52

Haddad diz que Lula está satisfeito com pesquisas e pediu reforço nas ruas

Lula pede à militância que intensifique o trabalho de base nas próximas semanas, reta final do primeiro turno da eleição. "É preciso dialogar com o povo e reforçar que vamos construir um país de paz e harmonia"


Crédito: JOKA MADRUGA

Escrito por: Marize Muniz - CUT

Na primeira visita ao ex-presidente Lula como candidato oficial do PT à Presidência da República Fernando Haddad disse na saída da sede da Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba, nesta segunda-feira (17), que Lula ficou muito satisfeito com o resultado das pesquisas de intenção de votos que mostram o petista subindo e se consolidando no segundo turno, com grande chance de vencer a eleição.

Mas, disse Haddad, Lula foi pragmático e recomendou que todos, candidatos e militantes, têm de pensar que ainda faltam três semanas e tem muito trabalho pela frente. "O que moverá a campanha até 7 de outubro é exatamente o que vem sendo feito até agora: debate e apresentação de propostas de governo, respeito à democracia e aos adversários e o fortalecimento das instituições", afirmou Haddad.

Segundo ele, Lula elogiou muito a linha da campanha e pediu para reforçar que queremos construir um país de paz, harmonia, voltado para os trabalhadores e trabalhadoras, com foco na geração de emprego e renda e na educação, que são os dois eixos principais da campanha.

"É preciso dialogar com o povo e reforçar que vamos construir um país de paz e harmonia" - Fernando Haddad

Questionado por jornalistas sobre as razões da visita a Lula, Haddad falou sobre a liderança do ex-presidente e da importância de ter Lula como o grande interlocutor do Partido dos Trabalhadores.

“Lula é um interlocutor permanente de todos os dirigentes do partido e nunca deixará de ser. Enquanto outros partidos escondem seus dirigentes, nós temos muito orgulho de ter o Lula como nosso dirigente, como maior estadista que esse país já teve”.

ONU deve julgar mérito do processo em 2019

O candidato petista disse, também, que discutiu com Lula questões como a situação jurídica do ex-presidente, que foi informado sobre a possibilidade de o Comitê de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) julgar o mérito do seu processo no primeiro semestre do ano que vem.

De acordo com Haddad, apesar de ser mantido preso político há mais de cinco meses, longe dos filhos, netos e de toda a família e amigos, Lula reafirmou que não troca sua dignidade pela liberdade.

“Ele tem a convicção de que as Cortes Superiores do Brasil e os Fóruns Internacionais vão atestar sua inocência no processo pelo qual foi condenado, porque não há provas e nem sequer indícios de que tenha cometido crime”.

Lula foi condenado no caso do tríplex do Guarujá, que não pertence nem nunca pertenceu a ele. No fim do processo foi, inclusive, comprovado que o tríplex pertencia na verdade a construtora OAS, que acabou perdendo o imóvel, penhorado pela Justiça, em Brasília, em um processo que tramitava contra a empreiteira OAS, e arrematado em leilão realizado no dia 15 de maio.


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