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13 de Abril de 2017 às 08:37

Deputados suspeitos não têm moral para destruir direitos dos trabalhadores

Presidente da CUT aponta que governo não tem legitimidade e nem moral para tocar as reformas Trabalhista e Previdenciária


Escrito por: Luiz Carvalho - CUT

Enquanto tenta roubar os direitos dos trabalhadores, o ilegítimo Michel Temer (PMDB) vê mais uma leva de seus ministros ser denunciada em inquéritos do Supremo Tribunal Federal (STF).

Serão investigados os ministros da Casa Civil, Eliseu Padilha, da Secretaria-Geral da Presidência da República, Moreira Franco, da Ciência e Tecnologia, Gilberto Kassab, da Integração Nacional, Helder Barbalho, das Relações Exteriores, Aloysio Nunes, da Agricultura, Blairo Maggi, das Cidades, Bruno Araújo, da Cultura Roberto Freire, e da Indústria, Marcos Pereira.

Para o presidente nacional da CUT, Vagner Freitas, não bastasse ser um desastre em si (leia mais abaixo), a proposta de Reforma Trabalhista, a mais próxima de ser votada, assim como as demais, fica comprometida por ser obra de um governo suspeito de estar atolado em corrupção e que tenta impor um programa derrotado nas urnas em 2014.

Em entrevista ao Portal da Central, o dirigente fala também sobre alguns dos pontos da reforma e convoca a classe trabalhadora para as próximas mobilizações em defesa dos direitos e da democracia.

Confira abaixo a entrevista:

A CUT foi procurada ou sentou com Michel Temer para discutir a reforma trabalhista?
Vagner Freitas - Nunca a CUT foi procurada. E se fosse, não negociaria, porque não reconhecemos esse governo, que é ilegítimo e não tem condição de fazer qualquer reforma. Agora, além de ilegítimo, tem nove de seus ministros processados por corrupção. Queremos que esse governo retire as propostas de desmonte para discuti-las em um governo eleito democraticamente.

Algumas centrais aceitaram discutir essa proposta. Como tem sido a relação com essas organizações que são parceiras da CUT na defesa da aposentadoria?
Vagner Freitas - Nossa relação é com os trabalhadores, com os parlamentares para dizer a eles que não serão eleitos se aprovarem a Reforma Trabalhista e da Previdência, com a CNBB (Confederação Nacional dos Bispos do Brasil), com a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil)...porque nosso objetivo é defender os direitos dos trabalhadores. Mas entendemos que com o governo não adianta interlocução, porque não está preocupado em manter direitos, com popularidade, com os efeitos que causam as atitudes que causam. Isso faz com que tentemos a mobilização mais ampla dos trabalhadores para forçar os deputados e senadores a não votarem nessas reformas. Acontece que algumas centrais na possibilidade de o Temer atenuar ou abrandar proposta de tirar direitos e acho que elas cometem um grande equívoco.

O que há de pior nesse pacotão do Temer?
Vagner Freitas - Não dá para fatiar esse pacote, a reforma da Previdência, o desmonte da aposentadoria e a terceirização sem limites têm o mesmo objetivo, retirar direitos dos trabalhadores.  O Temer fatiou porque fica mais fácil aprovar e tem a estratégia de ceder na Previdência para arrochar na trabalhista. Tudo é ruim, porque parte da necessidade de acabar com a relação entre empregado e patrão num contrato de trabalho regido pelo Estado. O governo quer que não tenha isso, que seja meramente uma relação comercial entre o cidadão e empresa, sem intermediação do sindicato e sem nenhum contato que preveja obrigação e direito dos trabalhadores. O Temer foi elevado à presidência pelo golpe para acabar com a regulamentação do trabalho e a legislação trabalhista, transformando tudo em algo individual.

> Leia matéria na íntegra acessando aqui


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