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17 de Dezembro de 2015 às 12:48

Caixa lidera ranking de reclamações pelo quinto mês seguido e pela sétima vez em 2015

Para diretores da Fenae, a piora no atendimento tem relação direta com a falta de empregados nas unidades do banco. Enquanto a direção da Caixa se nega a retomar as contratações, cerca de 30 mil aprovados no concurso de 2014 aguardam convocação


Crédito: SEEB/PARÁ
Ato realizado em Belém-PA durante a Campanha Salarial Unificada de 2015
Brasília - Pela quinta vez consecutiva e pelo sétimo mês em 2015, a Caixa Econômica Federal figurou no topo do ranking dos bancos com maiores índices de reclamações de clientes. De acordo com dados apurados pelo Banco Central, a Caixa recebeu, em novembro, 974 reclamações consideradas procedentes. Com isso, registrou um índice de reclamações de 12,57.  Em outubro, esse índice foi de 11,09. 


“A instituição está não somente liderando a lista como também está aumentando o número nominal de reclamações. Isso é um indício claro de que algo está errado na gestão da Caixa. A falta de pessoal é o principal problema no atendimento. Retomar as contratações é urgente para prestar melhor serviço aos clientes e usuários e para melhorar as condições de trabalho nas unidades”, diz o presidente da Fenae, Jair Pedro Ferreira.

“A falta de empregados se agravou com a realização do Plano de Apoio à Aposentadoria (PAA) este ano, quando mais de 3 mil deixaram a empresa. É inadmissível a postura da direção do banco de não contratar, enquanto cerca de 30 mil aprovados no concurso de 2014 aguardam convocação. A luta e a mobilização continuam, nas unidades, no Congresso e no Judiciário”, afirma Fabiana Matheus, coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa).

A Caixa voltou a ocupar o primeiro lugar no ranking do Banco Central em dezembro do ano passado, o que não ocorria desde 2007. Neste ano, a instituição também figurou no topo em janeiro, fevereiro, julho, agosto, setembro e outubro. Para se ter uma ideia, em 2003 eram 335 clientes por empregado. No primeiro semestre deste ano, a média nas unidades da Caixa é de 778 clientes por trabalhador. “Data a importância social da Caixa, esse dado se torna ainda mais inaceitável”, completa Clotário Cardoso, vice-presidente da Fenae.

Ranking do Banco Central

Na segunda posição no ranking, aparece o Bradesco, com índice de queixas de 9,17, com 705 reclamações. O Itaú/Unibanco manteve a terceira posição, com 537 reclamações e índice de 9,01. Na quarta posição está o Santander, com 237 reclamações e índice 7,1. Fechando o ranking dos cinco primeiros está o Banrisul, com 5,7 e 22 reclamações.

Para construir o ranking, o BC divide os bancos entre aqueles com mais de dois milhões de clientes e os com menos de dois milhões. São considerados clientes aqueles com depósitos (contas correntes e poupanças) cobertos pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC), com operações de crédito e outros tipos de depósitos não cobertos pelo FGC.

Os trabalhadores de bancos públicos e privados que forem cobrados para continuar a compensar os dias da greve devem denunciar o problema ao Sindicato. Isso porque o prazo para a reposição acabou na terça-feira 15: segundo a cláusula 58º da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), a compensação, de até uma hora por dia, deveria ser feita de 3 de novembro (data da assinatura do acordo) a 15 de dezembro. Também não pode haver qualquer tipo de desconto referente aos dias.


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