Notícias

home » notícias

14 de Março de 2018 às 16:56

PM e guarda municipal atacam professores em São Paulo


Servidores municipais foram atacados por policiais militares e guardas civis durante manifestação diante da Câmara Municipal de São Paulo, em protesto contra a proposta de "reforma" da Previdência do governo João Doria (PSDB). Muitos estavam acampados desde a noite, acompanhando a tramitação do Projeto de Lei (PL 621/2016), que traz alterações na previdência dos servidores que vão dificultar o acesso à aposentadoria. Foi o primeiro dia em que a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara passou a tratar do substitutivo.

As cenas de violência começaram ainda dentro da CCJ, no auditório Freitas Nobre. Muitos servidores que conseguiram entrar no local gritavam em coro pedindo a retirada do projeto da pauta. Diferentes vereadores pediram para retirar a matéria de votação, ou mesmo suspender, já que o substitutivo, de 80 páginas, foi entregue nesta manhã pelo relator, Caio Miranda (PSB), que deu parecer favorável à matéria.

 

ferido.jpg
Muitos dos manifestantes foram atingidos por balas de borracha durante protesto

Como os pedidos de adiamento ou suspensão foram vencidos, o presidente da Comissão, Aurélio Nomura (PSDB) ordenou que o relator lesse as 80 páginas da matéria. Os presentes intensificaram as manifestações e a Guarda Civil Metropolitana (GCM) passou ao ataque. No início do tumulto, pelo menos uma funcionária pública, professora, foi atingida com violência.

Os vereadores decidiram transferir a sessão para o Plenário 1º de Maio, onde o vereador João Jorge (PSDB) tentou ler o relatório de Miranda de forma acelerada, impedindo mesmo a compreensão dos presentes. Foi neste momento, que a Tropa de Choque da Polícia Militar chegou e, do lado de fora, disparou uma bateria de bombas de gás lacrimogênio. Muitos foram atingidos por balas de borracha.

 

agressao doria.jpg
Professora agredida por força policial dentro da Câmara dos Vereadores de São Paulo

Após a dura repressão, os servidores buscaram abrigo em ruas próximas e se reagruparam na mesma avenida, um pouco distante da área do conflito. “Não tem arrego”, gritavam em coro a todo momento. Após reunidos, os trabalhadores avançaram contra a PM, que recuou. De acordo com informações de servidores presentes, após o ato de resistência, os militares abriram diálogo e aceitaram a retomada do ato, que desde o início foi pacífico.

"Estamos em frente à Câmara, onde fomos agredidos covardemente pela GCM à mando do Doria e também pela PM. Somos professores, médicos, profissionais da educação física, trabalhadores administrativos, enfermeiros, todas as categorias dos servidores municipais. Infelizmente, os trabalhadores da GCM também vão ser afetados pela reforma da previdência (municipal) mas estão do lado deles", disse João Batista Gomes, secretário de imprensa do Sindicato dos Servidores Municipais de São Paulo,.

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara Municipal de São Paulo aprovou o Projeto de Lei (PL 621/2016), que promove reformas na previdência dos servidores públicos da cidade. A aprovação aconteceu a portas fechadas enquanto milhares de servidores eram reprimidos pela Polícia Militar do lado de fora da Casa. O projeto capitaneado pelo prefeito João Doria (PSDB) dificulta o acesso dos servidores à aposentadoria.

Agora, a matéria passa por outras comissões, como a de Finanças, para então poder ser pautada em plenário. Caso aprovado, o projeto terá que passar ainda por sanção do prefeito e ser publicado no Diário Oficial para ter validade. “Será que é liberação de emenda para garantir votos? Será que o Doria está prometendo cargos no governo do estado que ele almeja? Justiça não é, isso é canalhice, é mutreta, é esquema entre vereadores e prefeito”, questionou a vereadora Sâmia Bomfim (Psol).

“O mais indignante é que enquanto acontece esse banho de sangue, os vereadores, no alto de seus saltos, no ar-condicionado, fingem que nada acontece. Doria quer aprovar às pressas esse projeto neste momento em que a população está indignada com o resto de sua gestão. A população entendeu que os ataques aos servidores também significa ataques a todos”, completou a vereadora.

O substitutivo de autoria do vereador Caio Miranda (PSB) foi aprovado por seis votos a três. Desde o início, a sessão foi tumultuada e os vereadores da oposição, que são minoria na Comissão, reclamaram da celeridade do processo. O relatório foi entregue hoje pela manhã e, de acordo com os parlamentares, não houve tempo hábil nem ao menos para ler o texto. A velocidade é um ponto central das queixas dos servidores. De acordo com informações, Doria pressiona a Câmara para ter esse projeto aprovado até abril.

Após violência, CCJ aprova reforma da previdência

Após os ataques contra os servidores, a CCJ da Câmara Municipal de São Paulo aprovou o Projeto de Lei (PL 621/2016), que promove reformas na previdência dos servidores públicos da cidade. A aprovação aconteceu a portas fechadas enquanto milhares de servidores eram reprimidos pela Polícia Militar do lado de fora da Casa. O projeto capitaneado pelo prefeito João Doria (PSDB) dificulta o acesso dos servidores à aposentadoria.

Agora, a matéria passa por outras comissões, como a de Finanças, para então poder ser pautada em plenário. Caso aprovado, o projeto terá que passar ainda por sanção do prefeito e ser publicado no Diário Oficial para ter validade. “Será que é liberação de emenda para garantir votos? Será que o Doria está prometendo cargos no governo do estado que ele almeja? Justiça não é, isso é canalhice, é mutreta, é esquema entre vereadores e prefeito”, questionou a vereadora Sâmia Bomfim (Psol).

“O mais indignante é que enquanto acontece esse banho de sangue, os vereadores, no alto de seus saltos, no ar-condicionado, fingem que nada acontece. Doria quer aprovar às pressas esse projeto neste momento em que a população está indignada com o resto de sua gestão. A população entendeu que os ataques aos servidores também significa ataques a todos”, completou a vereadora.

O substitutivo de autoria do vereador Caio Miranda (PSB) foi aprovado por seis votos a três. Desde o início, a sessão foi tumultuada e os vereadores da oposição, que são minoria na Comissão, reclamaram da celeridade do processo. O relatório foi entregue hoje pela manhã e, de acordo com os parlamentares, não houve tempo hábil nem ao menos para ler o texto. A velocidade é um ponto central das queixas dos servidores. De acordo com informações, Doria pressiona a Câmara para ter esse projeto aprovado até abril.


Fetec-CUT/CN, com RBA
 

Notícias Relacionadas