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5 de Setembro de 2019 às 07:00

Fetec-CUT/CN apoia atos do Dia da Amazônia e em defesa dos bancos públicos desta quinta-feira 5

Dois terços dos sindicatos da Federação representam os bancários que vivem na Amazônia Legal, que está sendo devastada por desmatamentos e incêndios criminosos


A Federação dos Bancários do Centro-Norte (Fetec-CUT/CN) apoia os atos pelo Dia da Amazônia, que estão sendo realizados nesta quinta-feira 5 de setembro em várias cidades com apoio dos sindicatos filiados. Por orientação das entidades sindicais, foi acrescentada na pauta a defesa dos bancos públicos como os únicos com vocação para financiar o desenvolvimento sustentável da região, que proteja a biodiversidade, as nações indígenas e as riquezas naturais da cobiça do capital nacional e internacional.

“Dois terços dos nossos sindicatos representam os bancários que vivem na Amazônia Legal, que está sendo devastada por desmatamentos e incêndios criminosos por parte de empresas e fazendeiros que querem se apropriar das terras e das riquezas das floretas, agindo incentivados pela política irresponsável de destruição desse ecossistema vital para a vida no Brasil e em todo o planeta”, denuncia Cleiton dos Santos, presidente da Fetec-CUT/CN.

Veja também: DIA DE LUTA: Atos nesta quinta-feira em várias cidades do país exigem a preservação da Amazônia

Vários movimentos sociais, entre eles a Frente Brasil Popular e a Frente Povo Sem Medo, estão convocando com apoio da CUT Nacional e das CUTs estaduais o Dia da Amazônia na próxima quinta-feira 5 nas capitais dos Estados da região amazônica para denunciar esses crimes e defender a floresta e a soberania nacional.

“Estamos orientando também os nossos sindicatos a desenvolverem todos os esforços na convocação das manifestações e a incluírem na pauta do Dia Amazônia a defesa dos bancos públicos, que muitas vezes são responsáveis pelos financiamentos dos fazendeiros, madeireiros e empresas de mineração que desmatam e destroem a biodiversidade e as riquezas da floresta. Temos que defender uma reorientação da atuação dos bancos públicos na Amazônia, de forma que os financiamentos sejam voltados para o desenvolvimento sustentável e a preservação das reservas de água, minérios, biodiversidade, florestas, terras, energia, gás, petróleo, entre riquezas da região”, acrescenta Cleiton.

Veja aqui a programação dos atos pelo Dia da Amazônia.

Fórum Nacional Permanente em Defesa da Amazônia

 Um grupo que reúne a CUT, movimentos sociais, parlamentares, ambientalistas, indígenas e ONG´s do meio ambiente, lançou no dia 28 de agosto, o Fórum Nacional Permanente em Defesa da Amazônia.

O Fórum é uma iniciativa contra as políticas anti-ambientalistas do governo de Jair Bolsonaro. As primeiras ações do grupo já se deram na própria reunião de lançamento, com a cobrança da demissão do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, pois a atual situação na Amazônia demonstra incapacidade de gerir políticas ambientais.

Outra ação foi entregar um documento ao presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, em que pedem a suspensão da tramitação de projetos de lei que flexibilizam a atividade agropecuária na região.

 

CUT lança manifesto em defesa da Amazônia e dos atos do dia 5

A CUT, que está ajudando a organizar as manifestações do dia 5, divulgou a seguinte nota oficial nesta quinta-feira 29:

A Central Única dos Trabalhadores – CUT Brasil, denuncia a política criminosa de destruição do meio ambiente do governo brasileiro cujas consequências, que se tornaram manchete no Brasil e no mundo, se refletem no avanço dos incêndios na Amazônia nas últimas semanas.

Os alertas sobre a situação da Amazônia e da política ambiental têm sido constantes desde o golpe que instituiu um governo ilegítimo, agravada com a eleição e mandato do governo Bolsonaro, que tem implementado o desmonte da legislação ambiental do Estado brasileiro, construída ao longo dos últimos trinta anos.

Em menos de oito meses, o governo brasileiro reduziu em 30% as operações de combate ao desmatamento, 38% a verba destinada à fiscalização ambiental, cortou mais de 4 US$ milhões das políticas de combate à incêndios e 95% da verba destinada às políticas para mudanças climáticas. O ministro do meio ambiente proibiu o Ibama, órgão responsável pela fiscalização ambiental, de realizar operações de monitoramento, demitiu diversos funcionários e está revisando as multas ambientais.

Para a CUT Brasil esse ataque do governo está ligado aos interesses de mineradoras e do grande agronegócio brasileiro, e tem como objetivo destruir o meio ambiente para avançar na exploração de mineral e a produção de soja e gado e promovem diversas formas trabalho precário. Setores que querem se apropriar dos bens naturais, ricos em biodiversidade presente nestes territórios e que atacam povos e populações tradicionais, agricultores e agricultoras familiares, indígenas, quilombolas, pescadores artesanais e ribeirinhos, que vivem na Amazônia e a protegem historicamente.

Não podemos esquecer que estes ataques vêm acompanhados de um aumento da violência e mortes no campo e na floresta, em 2018 o número de atingidos por conflitos no campo chegou a quase 1 milhão de pessoas e nos últimos dois anos e 98 foram assassinadas. Dados mostram que mais de 95% das áreas em disputa no Brasil estão localizadas na Amazônia Legal. O discurso de Jair Bolsonaro tem sido fundado em ataques aos povos indígenas e quilombolas, às Unidades de Conservação e à legislação, que alimenta setores criminosos para avançarem sobre os territórios e suas populações de forma violenta e impune.

A CUT Brasil estará no próximo 05 de setembro, Dia da Amazônia, defendendo a soberania do país e dos povos e pedimos a todos os sindicatos, centrais e organizações amigas solidariedade às trabalhadoras e trabalhadores brasileiros frente ao atual governo que ataca o meio ambiente e os direitos humanos, sociais e trabalhistas.

 Vagner Freitas – Presidente da CUT Brasil

Antonio Lisboa – Secretário de Relações Internacionais


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