Notícias

home » notícias

7 de Novembro de 2017 às 06:35

'Emprego depende de cortar direitos', diz presidente do Tribunal Superior do Trabalho


Os principais jornais do país desta segunda-feira (6) destacam a manchete: “Presidente do TST diz que emprego depende de cortar direitos”. Embora sejam bastante conhecidas as posições de Ives Gandra da Silva Martins Filho com relação à reforma trabalhista, causa perplexidade a defesa do presidente da mais alta corte da Justiça do Trabalho de uma reforma que joga a CLT no lixo.

Ao defender as novas regras que entram em vigor no sábado (11), Ives Gandra diz que é necessário reduzir alguns direitos para garantir empregos. “Nunca vou conseguir combater o desemprego só aumentando direito. Tenho que reduzir um pouquinho, flexibilizar um pouquinho os direitos sociais”, argumenta.

Gandra afirma que a reforma quebra a rigidez da legislação e dá segurança jurídica às empresas. Para o ministro, a “espinha dorsal” da reforma foi o “prestígio à negociação coletiva”.

O presidente do TST diz ainda que o crescimento de encargos trabalhistas colaborou com a crise, e que, se a reforma foi, de um lado, demanda das empresas insatisfeitas com a ampliação de direitos, de outro, criou garantias para terceirizados, por exemplo. Na visão dele, a mudança dá segurança a empresas e investidores e facilita tanto a vida do empregador como a do empregado. 

Questionado sobre as reações negativas geradas pela reforma, o ministro diz acreditar que “para muitos juízes, procuradores, advogados, negociação só existe para aumentar direito do trabalhador. Esquecem que a Constituição diz que é possível reduzir salário e jornada por negociação coletiva. Se você passa 50 anos crescendo salário e direito, termina ganhando R$ 50 mil por jornada de cinco horas. Não há empresa ou país que suporte”.

Fonte: Seeb Brasília


Notícias Relacionadas