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15 de Abril de 2020 às 19:24

Corrida contra o tempo: só a pressão em senadores pode barrar MP 905

Pode ser votada nesta sexta 17 MP que libera abertura dos bancos aos sábados e feriados, aumenta a jornada e reduz a PLR. Centrais sindicais e oposição no Senado tentam "caducar" MP, que será extinta se não for votada até segunda


(Última atualização: dia 16, às 18h07)

A luta contra a votação da Medida Provisória (MP) 905/2019, da Carteira Verde e Amarela, entra em um momento decisivo. A data limite para o governo de Jair Bolsonaro conseguir implantar o que as centrais sindicais e entidades que defendem direitos dos trabalhadores chamam de “MP da escravidão” é a segunda 20 de abril. Após essa data, ela perde a validade, caduca, como dizem no meio jurídico. Aprovada na Câmara dos Deputados na terça-feira (14) a toque de caixa, a medida seguiu para o Senado e a previsão é que seja pautada já nesta sexta-feira (17).

A Federação dos Bancários do Centro-Norte (Fetec-CUT/CN) orienta os bancários a pressionarem os senadores de seus Estados a votarem contra a MP 905, que destrói o que restou de direitos dos trabalhadores após a reforma trabalhista. Ela atinge em cheio a categoria bancária, porque permite a abertura dos bancos aos sábados e feriados, a ampliação da jornada de trabalho para 8 horas e a redução da PLR.

“O governo Bolsonaro e sua base parlamentar, pressionados pelo patronato liderado pelo mercado financeiro, se aproveitam da pandemia para destruir ainda mais os direitos dos trabalhadores. Aprovaram a MP por votação remota, sem discutir com a sociedade. E a votação do Senado também será a toque de caixa. Por isso, orientamos os bancários e toda a classe trabalhadora a também fazerem pressão de forma remota contra os senadores de cada Estado”, convoca Cleiton dos Santos, presidente da Fetec-CUT/CN.

Em reunião por videoconferência, realizada na manhã desta quinta-feira, a CUT, outras centrais sindicais e entidades como o Sindicato Nacional dos Auditores do Trabalho (Sinait), Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABDJ), União Nacional dos Estudantes (UNE), entre outras, articularam com senadores da oposição uma estratégia para forçar outros parlamentares a rejeitar a medida, caso seja votada.

Consenso entre todas as entidades, fazer com que a MP não seja votada é primordial e para  isso, o melhor método no momento é pressionar senadores de forma intensiva, seja pelas redes sociais, como a ajuda do instrumento criado para isso chamado de NAPRESSÃO, seja nas suas bases eleitorais.

O portal do Senado tem uma consulta pública sobre a MP. Vote Não e ajude a mostrar o descontentamento do povo brasileiro com essa medida que só beneficia o empresariado, sempre apoiado e favorecido pelo desgoverno de Bolsonaro. Clique aqui.

E clique aqui para acessar os nomes, telefones e endereços eletrônicos de todos os senadores do país, Estado por Estado.

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Fonte: Fetec-CUT/CN, com CUT Nacional


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