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16 de Maio de 2017 às 18:59

China exclui Brasil do “evento do século”, megaprojeto que recria a rota da seda


A nova Rota da Seda, anunciada pelo presidente da China, Xi Jinping, para "dar um novo impulso" às relações entre a China e a União Europeia (UE) e elevar os Brics a um novo patamar, exclui o Brasil das atividades. 

No último domingo, 14, ocorreu uma conferência em Pequim sobre o assunto com a presença de 28 chefes de Estado. Entre eles, participaram os presidentes da Rússia, Vladimir Putin; da Argentina, Maurício Macri; e do Chile, Michelle Bachelet. O Brasil de Temer não participou, apesar de o país ter ajudado a criar o Brics durante o governo Lula junto com China, Rússia, Índia e África do Sul

Na prática, trata-se de uma complexa rede para estabelecer ligações entre a China e boa parte do resto do mundo, por meio de trilionários investimentos em transporte, infraestrutura e intercâmbio cultural.

A Nova Rota da Seda engloba 68 países, os quais são responsáveis por mais de 30% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial.

Mais de 4,4 bilhões de pessoas vivem nesses países.

Outros números impressionam:

- nos últimos três anos, por ocasião da Nova Rota da Seda, foram firmados contratos de mais de R$ 948 bilhões por empresas chinesas;

- o Governo criou um fundo de R$ 122 bilhões para os planos de concessão;

- a expectativa é de que a China invista cerca de R$ 2,48 trilhões no projeto até 2022.

O plano é grandioso do ponto de vista político e promete trazer, também, uma série de benefícios diretos à população.

Por exemplo: um dos objetivos de Xi Kinping é fortalecer a economia da região oeste do País e fortalecer os mercados da Ásia Central.

Não se pode deixar de destacar, claro, o impressionante avanço da China no aspecto geopolítico - a China, aliás, já é a principal parceira comercial da Alemanha, à frente dos Estados Unidos e da França!

Até 2050, espera-se que a Nova Rota da Seda seja responsável por incríveis 80% do aumento do PIB global!

(E que ela impulsione o avanço de três bilhões de pessoas à classe média!)

Map of Belt and Road

O projeto se baseia em cinco áreas-chave:

1 - Intercâmbio cultural - incentivar e promover a cooperação e os laços entre pessoas de diferentes regiões;

2 - Melhorar a coordenação da política monetária e a cooperação financeira bilateral;

3 - Incentivar o comércio e os investimentos, por meio da facilitação das transações entre países e da criação de uma cadeia de cooperação;

4 - Planejamento e apoio a projetos de desenvolvimento de infraestrutura em escala global;

5 - Investir em tecnologias para permitir a conectividade entre toda a Rota da Seda.

É um plano que tem o potencial de elevar os BRICs a um novo patamar.

Os BRICs, não! Os RICs!

No último domingo, 14/V, teve início uma conferência em Pequim com a presença de 28 chefes de Estado.

Entre eles, estavam os presidentes da Rússia, Vladimir Putin; da Argentina, Maurício Macri; e do Chile, Michelle Bachelet.

Mariano Rajoy, primeiro-ministro espanhol, também marcou presença.

E o Brasil?

Ninguém sabe, ninguém viu.


Economia global

Em comunicado conjunto divulgado no encerramento do encontro, os líderes reafirmaram seu compromisso de construir uma economia global aberta e com livre comércio e de se opor a todas as formas de protecionismo no âmbito dessa articulação internacional.

Hoje, na abertura do segundo dia do fórum, Xi Jinping fez um apelo para aprofundamento da cooperação entre os países e com os organismos multilaterais como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e a Organização Mundial do Comércio (OMC) para retomar a economia global. Para ele, a desaceleração econômica mundial ocorre em meio "a um crescente protecionismo que deve ser evitado".

A China tem defendido a globalização e o livre comércio, em contraposição ao discurso protecionista de algumas nações. "A melhor maneira de enfrentar os desafios globais é pela cooperação e conectividade", disse Xi Jinping. Segundo ele, a reunião construiu um consenso entre os países para deslanchar o potencial das economias situadas ao longo da Nova Rota da Seda.

O próximo fórum internacional da iniciativa Um Cinturão, Uma Rota (One Belt, One Road) está previsto para ocorrer na China em 2019.

Brasil247 e Conversa Afiada


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