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1 de Agosto de 2017 às 14:59

Brasil é primeiro lugar em desemprego. Trabalho precário registra aumento


O Brasil é o campeão desemprego na América do Sul. Em junho de 2017, o desemprego ficou em 13%, chegando a 13 milhões e meio de pessoas sem trabalho no país, de acordo com os dados divulgados na sexta-feira (28) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Entre os países da América do Sul, o Brasil apresenta o maior percentual. Enquanto Argentina apresenta 9,2 % de desempregados e o Uruguai 7,9%, o Brasil atingiu a taxa de 13 % da população. Chile tem 7%, Venezuela 7,3%, Paraguai 8,4%, Colômbia 8,7 %, Peru 6,9 % e Equador 0,16%.

Os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) revelam que a estratégia de retirada de direitos e recessão, capitaneada pelos articuladores do golpe contra a democracia, afetou diretamente o mercado de trabalho, aumentando o número de pessoas no trabalho informal.

De abril a junho deste ano, a quantidade de trabalhadores no setor privado sem carteira de trabalho assinada cresceu: 4,3% em relação aos três primeiros meses de 2017.

Para o diretor da Federação dos Bancários do Centro Norte (Fetec-CUT/CN), Wadson Boaventura, a perspectiva para o mercado de trabalho com a aprovação e vigoração da reforma trabalhista é preocupante, tendo em vista que não há garantias da qualidade e das condições de trabalho.

“Antes mesmo de entrar em vigor a reforma trabalhista de, em 11 de novembro, percebe-se um aumento do trabalho precário com modalidades de contrato que não respaldam o trabalhador. Se já existem trabalhadores atuando sem a proteção da CLT, imagine quando for legalizado o trabalho intermitente, o acordo individual de trabalho, 12 horas diárias de trabalho e o fim da Justiça do Trabalho. É hora do trabalhador se organizar e somar forças às entidades sindicais. Filie-se”, alerta Wadson Boaventura, diretor da Fetec-CUT/CN.

Desempregados no DF

Apesar da queda no índice de desemprego na região do DF nos meses de maio e junho de 2017, 20,4% e 19,9%, respectivamente, o percentual no DF continua bem acima da média nacional calculada pelo PNAD/IBGE. Abaixo, os links do relatório completo e da síntese da análise da Pesquisa de Emprego e Desemprego do Distrito Federal (PED-DF), realizada mensalmente pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

Confira o relatório completo aqui.

Confira a análise aqui.

De acordo com os dados da PED, a redução apresentada no mês de junho se deve à aposentadoria e à desistência de procurar por emprego. Nos dois últimos meses, há 15 mil pessoas que se enquadram nessas situações.

No setor público no DF, por exemplo, houve redução de 33 mil postos de trabalho nos últimos 12 meses.

Joanna Alves
Do Seeb Brasília


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