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21 de Junho de 2017 às 15:10

Audiência pública propõe criação de Frente Parlamentar em Defesa dos Bancos Públicos no MS


O Sindicato dos Bancários de Campo Grande-MS e Região e de Dourados-MS e Região, juntamente com o deputado estadual João Grandão e demais instituições que participaram da Audiência Pública “Em Defesa dos Bancos Públicos”, nessa terça-feira (20), defenderam a criação de uma Frente Parlamentar Estadual para discutir o assunto.

 

O debate político já ocorre em âmbito nacional. No dia 13 de junho foi criada, em Brasília, a Frente Parlamentar Mista em Defesa dos Bancos Públicos. Para o deputado estadual João Grandão, a criação de uma Frente Parlamentar Estadual vai permitir que a discussão ocorra simultaneamente no âmbito sindical e da sociedade em geral, como também entre a classe política.

 

“Nós pretendemos realizar audiências públicas nos municípios do interior do Estado para fazer uma discussão regionalizada. A intenção é levar o debate para as câmaras de vereadores e convocar pequenos empresários e agricultores para participarem desta discussão”, detalhou o parlamentar.

 

A criação da Frente Parlamentar Estadual foi proposta com o objetivo de evidenciar e combater o desmonte das instituições financeiras públicas promovido pelo Governo Federal. “O que está acontecendo é a desestruturação dos bancos federais, com demissões e fechamento de agências com o intuito de privatizá-los. Na medida em que o serviço é precarizado, se justifica para a população a privatização desta instituição”, afirma o presidente da Fetec-CUT/CN, Cleiton dos Santos.

 

Ainda de acordo com o presidente da Fetec-CUT/CN, o projeto de privatização do atual governo alcança bancos federais e estaduais. “No caso dos bancos estaduais, tendo em vista a negociação que há com os governos estaduais em razão das dívidas com o governo federal, uma das exigências do Michel Temer é que os Estados vendam os bancos estaduais, assim como as empresas de energia e de água”.

 

De acordo com o presidente do Sindicato dos Bancários de Campo Grande-MS e Região, Edvaldo Barros, ao invés de privatizar, é preciso investir mais nos bancos públicos. “É necessário realmente o fortalecimento dessas instituições públicas. É preciso manter os empregos que já existem e garantir mais contratações para que a população tenha o atendimento que merece”, defende Edvaldo.

 

Os bancos públicos atuam em áreas de baixa rentabilidade, mas elevado retorno social. Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil são responsáveis por financiar e gerir programas sociais como o FIES, e viabilizar políticas públicas, como Minha Casa Minha Vida, que garantiu 2,6 milhões de moradias para a população de baixa renda.

 

O Banco do Brasil é o banco público que mais libera recursos para o financiamento da agricultura familiar, que é responsável por 70% da produção alimentar no país. Sem os bancos públicos, a taxa de juros da agricultura familiar – que hoje varia de 2,5% a 5,5% ao ano – pode subir até 70%. Isso significa que a comida vai chegar mais cara à mesa do brasileiro.

 

“Precisamos dar visibilidade para esse debate. A sociedade tem que saber o que os bancos públicos significam. Defendemos o emprego, mas também promovemos a discussão sobre o projeto de desenvolvimento do Brasil”, defendeu o presidente Contraf-CUT, Roberto von der Osten, durante a audiência.

 

Além da Frente Parlamentar Estadual, também foi proposta a criação de um Comitê Estadual em Defesa dos Bancos Públicos e a elaboração de uma cartilha com informações regionais sobre os impactos da privatização desses bancos.

 

 

 

Por: Adriana Queiroz/Assessoria de Comunicação do SEEB-CG

Fotos: Reginaldo de Oliveira/Martins e Santos Comunicação


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