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7 de Agosto de 2018 às 11:51

10 de agosto, Dia do Basta!, em defesa do emprego, da aposentadoria e dos direitos trabalhistas


Paralisações, atrasos de turnos e atos nos locais de trabalho e nas praças públicas de grande circulação de todo o país. Assim será marcada a sexta-feira 10 de Agosto, o Dia do Basta da classe trabalhadora contra os desmandos do governo ilegítimo de Michel Temer, contra a reforma trabalhista, contra as privatizações, contra a Emenda Constitucional 95, que congela os investimentos públicos por 20 anos, contra os aumentos abusivos dos combustíveis, e em defesa do emprego, da aposentadoria e dos direitos trabalhistas.

Trata-se de uma grande frente de mobilização formada a partir da articulação entre a CUT e demais centrais sindicais, ganhando posteriormente a adesão de movimentos sociais como o Frente Brasil Popular e do Povo Sem Medo.  

 

POR QUE A CLASSE TRABALHADORA VAI DIZER BASTA!

Basta de retirada de direitos

• A reforma trabalhista e a terceirização irrestrita aprovadas durante o governo golpista têm como objetivo retirar direitos históricos da classe trabalhadora e precarizar o trabalho, além de fragilizar os sindicatos e dificultar o acesso à Justiça do Trabalho.

• O fim da ultratividade das convenções e acordos coletivos de trabalho, a aprovação da norma que permite o negociado sobre o legislado, o fim das homologações nos sindicatos, tendem a intensificar ainda mais a retirada de direitos e a precarização do trabalho.

• O rendimento médio dos ocupados caiu 13% na Região Metropolitana de São Paulo, 14% na Região Metropolitana de Salvador e 18% na Região Metropolitana de Porto Alegre.

• O fim do imposto sindical e as dificuldades criadas para a aprovação de formas alternativas de financiamento sindical, como a taxa negocial, visam o enfraquecimento dos sindicatos.

Basta de desemprego

• A taxa de desocupação praticamente dobrou desde o final de 2014. O país possuía 6,5 milhões de desocupados no final de 2014 e registrou, em maio de 2018, 13,2 milhões de desocupados (taxa de desocupação de 12,7%).

• Com demissões em massa e sem reposição das vagas, os problemas se acumulam nos bancos. Mesmo com lucro nas alturas, sob o governo Temer o Banco do Brasil já fechou 670 agências e eliminou 10 mil postos de trabalho. A Caixa encerrou 2017 com o desligamento de 4.794 trabalhadores. Além disso, a Caixa fechou 25 agências e 18 lotéricos. O Bradesco também fechou centenas de agências em 12 meses, passando de 5.122, em março de 2017, para 4.708. E, somente no primeiro trimestre deste ano, cortou 1.215 vagas. 

• A taxa de subutilização da força de trabalho (que agrega os desocupados, os subocupados por insuficiência de horas – menos de 40 horas semanais - e os que estão no desalento) subiu para 24,7%, o que representa 27,7 milhões de pessoas.

• Essa é a maior taxa de subutilização na série histórica da PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios).

• O tempo gasto pelo/a trabalhador/a para conseguir uma nova colocação dobrou: passou de 23 semanas em março de 2014 para 47 semanas em março de 2018.

Basta de privatização

• Seguindo a política de subordinação aos interesses das empresas multinacionais e de redução do papel do Estado na economia, o governo Temer mudou o regime de exploração do pré-sal, entregou áreas estratégicas de exploração às petrolíferas estrangeiras, concedeu-lhes benefícios bilionários, além de ter reorientado a política de gestão e de preços da Petrobrás, preparando sua privatização.

• Os resultados têm sido os aumentos abusivos dos derivados de petróleo e a entrega às empresas estrangeiras de recursos que deveriam estar sendo destinados à educação e à saúde públicas, que estão sendo desmontadas.

• Inúmeras empresas públicas municipais e estaduais têm sido privatizadas na surdina, e agora é a Eletrobrás que está na mira do golpismo. Os aumentos absurdos da conta de luz estão aí para mostrar quais continuarão sendo os resultados.

Basta de aumento do preço do gás de cozinha e dos combustíveis

• Desde a implementação da nova política de preços da Petrobrás no governo Temer, os preços de seus principais produtos têm sido aumentados muito acima da inflação.

• A gasolina aumentou em mais de 31%, o etanol em 22,6%, o diesel 14,3%, o botijão de gás 17,2%.

• A partir julho de 2017,  o preço da gasolina subiu 50,04% e do diesel 52.15% - 25 vezes a inflação, que foi em média de 2% nesse período.

• A energia elétrica subiu 18,8% em 12 meses terminados de julho/2017 a  junho/2018.

Por isso os trabalhadores farão paralisações e vão às ruas na sexta-feira dia 10 defender seus direitos e dizer basta a esse governo ilegítimo e corrupto.

 

Fonte: CUT


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