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6 de Maio de 2016 às 06:04

Sindicato vai ao Ministério Público de Contas pedir investigações sobre o BRB


Crédito: SEEB/BRASÍLIA

Brasília - O Sindicato protocolou nesta quarta-feira (4) no Ministério Público de Contas do DF pedido de investigação a respeito de diversas denúncias que têm sido veiculadas por órgãos de mídia de Brasília que envolvem o BRB e a Cartão BRB.

Segundo as denúncias, desvios têm ocorrido, e diante disso o Sindicato entende que, além do presidente do banco, Vasco Gonçalves, ter de explicar, o governo de Rollemberg também deve explicações, visto que o nome do próprio governador aparece nas denúncias.

De acordo com o que foi divulgado, pairam sobre o BRB e Cartão BRB as seguintes denúncias:

1 – BRB - esquema de corrupção na área de marketing do banco, envolvendo empresas prestadoras de serviços na área e o diretor de Governo do BRB, Nilban de Melo; o superintende de Marketing, Carlos James; e o conselheiro de Administração, Ricardo Leal, tido como o manda-chuva do banco, com carta branca do governador Rollemberg. A denúncia diz que a propina seria repassada para Ricardo Leal e o governador.

2 – TI do BRB – o diretor de TI do BRB, Gustavo Oliveira, teria feito uma viagem com tudo pago para a Alemanha e a China por uma empresa da área de TI, que estaria em vias de fazer contrato com o banco.

3 – Cartão BRB – estaria sendo promovido um empreguismo por apadrinhamento na Cartão BRB na gestão de Ralil Salomão, inclusive com contratações que podem ensejar nepotismo. 

Segundo as denúncias, desde a chegada de Ralil à presidência da Cartão BRB, por indicação do deputado distrital Agaciel Maia, foram demitidas por volta de 15 pessoas, e contratadas mais de 40, inúmeras delas sem capacidade técnica, cuja única referência seria a de fazer parte do grupo de capoeira de Ralil, mestre de capoeira reconhecido em Brasília. Segundo as denúncias, figura até um recém-contratado que teria feito assédio sexual na empresa contra uma funcionária.

Ainda sobre as contratações na Cartão, segundo as denúncias, foram contratados o filho do deputado distrital Juarezão, aquele que disse em gravação divulgada em 2015 que “o bolo tinha de ser repartido”, referido-se à necessidade de o governador Rollemberg “prestigiar” os aliados na fatia do governo. Também teriam sido contratados a filha do deputado Ricardo Vale (sobrinha do conselheiro do Tribunal de Contas do DF, Paulo Tadeu) e também um primo de ambos (Ricardo Vale e Paulo Tadeu).

“Para um governo que se elegeu pregando uma nova política, com métodos republicanos, estes procedimentos, caso se confirmem, jogam por terra aquele discurso. Cabe ao governador e sua equipe se explicarem, o que inclui o presidente de direito do BRB”, diz Daniel de Oliveira, diretor do Sindicato.

No documento encaminhado ao Ministério Público de Contas do DF, o Sindicato solicita também uma investigação sobre as operações que têm sido feitas com um grupo de servidores do DF, denominados “super endividados”, cujas taxas, segundo funcionários do banco, geram prejuízo, visto que ficam abaixo dos custos da instituição, considerando os custos de captação, custos operacionais e tributos incidentes sobre o negócio. Ainda segundo diversos funcionários, e também por divulgações nas mídias do DF, tal operação teria sido intermediada pela deputada distrital Celina Leão.

“São graves as denúncias que estão sendo veiculadas nos meios de comunicação do DF. O BRB e suas empresas não podem ser usados como instrumentos de arranjo político, nem como fornecedor de benefícios políticos a ninguém. O BRB é uma instituição da sociedade do Distrito Federal e deve ser um agente que fomente o desenvolvimento e a geração de renda no DF e entorno, sua área prioritária de atuação. Exigimos respostas e ações firmes do banco e do governo sobre estas denúncias, caso elas se confirmem”, finaliza Eustáquio Ribeiro, diretor do Sindicato.





Da Redação


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