Brasília - Depois de um período de silêncio e do grande erro de ajuizar a questão da PLR, demonstrando verdadeiro desrespeito à negociação e aos funcionários, a diretoria do BRB se reuniu com o Sindicato nesta terça-feira (13), depois de um ato ocorrido na TI denunciando e protestando contra a ilegalidade da supressão do pagamento das horas extras e instituição arbitrária do banco de horas.

Na reunião foram tratados e esclarecidos alguns assuntos que estão na ordem do dia na instituição. Com relação ao plano de movimentação que está em curso, o banco disse que buscará fazê-lo envolvendo somente as pessoas que já estejam nas unidades, dentro do tempo estabelecido para o rodízio.

O diretor do Sindicato Daniel de Oliveira ressaltou a importância do banco ter informado com antecedência as transferências, mas que, para que se cumpra o efeito desejado, o de possibilitar o planejamento por parte dos funcionários, deve ser indicado o local para o qual a pessoa será transferida. O banco disse que passará a orientação e que os locais de transferência serão informados dentro do prazo estabelecido no acordo coletivo.

O Sindicato solicitou que o BRB informasse uma data final para a reestruturação que já vem se estendendo há muito tempo no banco, que afirmou que a reestruturação terminou e qualquer ajuste seria o estritamente necessário e pontual. Cida Sousa, diretora da Fetec-CUT/CN, disse ser importante saber que uma reestruturação que parecia não ter data, nem de início nem de fim, chegou ao fim. "Ficaremos atentos às adequações que o banco por ventura promova para sabermos da necessidade real", adverte Cida.

O Sindicato levou ao conhecimento do banco situações que estão ocorrendo em algumas unidades onde há sobrecarga de trabalho em função do número insuficiente de orientadores de autoatendimento e, de igual forma, com relação aos caixas. De acordo com o secretário–geral do Sindicato, Cristiano Severo, não se pode conceber que o diferencial do BRB, que é o seu atendimento, seja prejudicado em função de um quadro de trabalhadores insuficiente, o que acaba por acarretar vários problemas também para os funcionários afetados. "Reforçamos ainda o nosso posicionamento no sentido de que nenhuma agência deve ou pode funcionar com apenas um caixa, esse é um parâmetro mínimo", comenta Cristiano.

Tecnologia do BRB, um navio sem capitão

Na reunião, o Sindicato levou as reclamações dos funcionários da TI sobre a atuação da diretoria de tecnologia.

O sentimento entre eles é de falta de liderança no setor, um espécie de "navio sem capitão". Apesar de estar presencialmente na Ditec, os funcionários reclamam da fraca atuação da diretoria frente aos problemas da área. 
Para Ronaldo Lustosa, diretor do Sindicato, "o que os funcionários deixam claro é esse sentimento de falta de liderança, abandono. A vivência nos ensina que, dentro do banco, áreas sem liderança tendem ao caos e à desordem. Isso se manifesta na quantidade de denúncias que recebemos, algumas gravíssimas, que terão de ser tratadas”.

PLR

Outro assunto bastante debatido na reunião foi a PLR. O Sindicato reiterou diretamente a disposição de finalizar, dentro do processo negocial, o acordo aditivo da PLR. Para Cristiano, o que falta para encerrar a negociação é um detalhe, mas de fundamental importância para que os funcionários tenham seus esforços recompensados.

Severo frisa ainda que a flexibilização no percentual para recebimento da parte vinculada à meta de 100% para a partir de 90% tanto dialoga com os funcionários como com o objetivo do banco de alavancar seus resultados, na medida em que as unidades se esforçariam para o alcance de pelo menos os 90%, pois veriam o seu trabalho de todo um semestre ser em algum grau valorizado.

Para Antônio Eustáquio, diretor do Sindicato e funcionário do BRB, "um pouco mais de habilidade e de vontade negocial por parte do banco e o acordo da PLR já estaria fechado".

O banco ficou de dar retorno sobre a questão dos caixas e da PLR até esta quarta-feira (14).

Diante disso, fica o anseio dos funcionários por um aceno positivo por parte da diretoria que efetivamente possibilite o fechamento do acordo.

Da Redação