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5 de Fevereiro de 2016 às 05:00

Sindicato se reúne com diretoria da Regius


Crédito: SEEB/BRASÍLIA

Brasília - O Sindicato dos Bancários de Brasília se reuniu nesta quarta-feira (3) com a diretoria da Regius, o fundo de pensão dos funcionários do BRB. Na ocasião, a Regius fez uma exposição sobre a situação dos planos administrados e enfatizou que os resultados de 2015, embora não tenham atingido a meta prevista, apresentaram um desempenho acima da média do setor, que foi duramente atingido, principalmente, pelo péssimo desempenho do segmento renda variável, muito em função da performance ruim da Bolsa de Valores, bem como da economia como um todo.

A diretoria da Regius enfatizou que está em uma rota de troca de aplicações, concentrando maiores recursos em títulos públicos, visto que eles, face ao nível da taxa Selic, trazem ganhos substanciais, que permitem a superação da meta.

Sobre o déficit do plano BD 01, próximo a R$ 20 milhões em 2015, a diretoria afirmou que, em função da nova determinação da Previc (órgão regulador do sistema), não há necessidade de ajuste imediato. Porém, ponderou que a estratégia de alocações de aplicações busca a supressão deste déficit, de forma que não seja preciso novo ajuste no plano em nenhum momento.

“Os planos administrados pela Regius, pela demonstração exibida, estão em condições positivas, claro que observando o cenário que está péssimo para o segmento de fundos de pensão, com a maioria deles apresentando déficits elevados. Porém, é imprescindível que a Regius faça uma comunicação eficiente aos participantes, especialmente sobre o pequeno déficit observado no plano BD 01 e a questão da nova regra de solvência, para que os participantes não se assustem com ele”, comenta Eustáquio Ribeiro, diretor do Sindicato.

Na reunião, a Regius apresentou especial destaque à questão dos imóveis, cujo retorno está muito abaixo da meta estabelecida. A diretoria afirmou que está discutindo com o Conselho Deliberativo da entidade uma saída para a situação, pois há um valor considerável de recursos do plano BD 01 alocados nesta modalidade, ao passo que esses valores, se alocados em renda fixa, em especial títulos públicos, dariam retornos muito mais expressivos.

“É importante fazer este monitoramento e buscar aplicações mais rentáveis. O momento é de cautela, dada a queda generalizada no valor de imóveis que ocorre no país, embora os imóveis do plano BD 01 sejam muito bem localizados. Mas deve-se também observar o custo de oportunidade, pois, com a rentabilidade ruim dos imóveis, talvez uma substituição neste momento, por um produto mais rentável, compense uma possível perda em função da retração do mercado de imóveis”, observa André Nepomuceno, diretor da Federação Centro Norte (Fetec-CUT/CN).

Por fim, a diretoria da Regius mostrou um estudo feito sobre a possibilidade ou não de recolhimento sobre o abono a ser pago para compensar a não aplicação do reajuste de 10% da data-base em setembro de 2015. A diretoria do fundo de pensão mais uma vez afirmou que, no que se refere aos planos BD 01 e CD 02, não há o que discutir, pois a base de cálculo deles independe da alteração salarial dos participantes, sendo observada apenas a variação do IPCA, o indexador do plano. Quanto ao plano CV 03, a diretoria afirmou que, da forma como está redigida a cláusula, o regulamento do plano veda a contribuição para ele.

“Compreendemos as dificuldade operacionais apresentadas pela Regius. Diante disso, vamos buscar junto ao banco e ao nosso departamento jurídico uma saída, que passe inclusive pela alteração da redação da cláusula, que permita este recolhimento, pois o Sindicato tem a convicção de que o referido abono tem natureza salarial e, portanto, deve sim haver contribuição para a formação da reserva dos participantes do plano CV 03”, finaliza Eustáquio. 

Fonte: SEEB/Brasília - Da Redação


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