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5 de Maio de 2016 às 06:10

Sindicato reforça pedido de explicações ao BB por descomissionamentos arbitrários na Ditec


Brasília - “Trabalhar no banco foi uma das coisas mais empolgantes que já fiz na vida. Foi. Hoje, o sentimento, depois de ser descomissionado sem causa justa, é de desânimo. O banco faz dezenas de ações divulgando o código de ética, mas protege seus dirigentes que não cansam de fazer assédio moral. Afinal cadê a ética?”.

O desabafo é de um bancário da Diretoria de Tecnologia (Ditec) do Banco do Brasil vítima da arbitrariedade da direção da empresa, que no ano passado retirou, sem apresentar qualquer justificativa, a comissão de uma dezena de funcionários.

A falta de motivação das medidas constitui um claro flagrante de desrespeito ao estabelecido na cláusula 43ª do acordo aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) e vem sendo objeto de questionamentos por parte do Sindicato, que em fevereiro cobrou explicações da Diretoria de Relacionamento com Funcionários (Diref). Como não houve resposta, a entidade reforçou a pressão sobre o banco.

Em ofício encaminhado à mesma diretoria dia 19 de abril, assinado pelo presidente Eduardo Araújo, o Sindicato afirma que os bancários atingidos pelos descomissionamentos “tiveram perdas em suas remunerações superiores a 30%, sendo que todos tinham mais de dez anos de comissão e, em vários casos, mais de dez anos na mesma comissão”.

O Sindicato finaliza o ofício afirmando que já buscou resolver a situação “de forma negociada”, mas não houve “nenhuma boa vontade ou movimentação por parte dos representantes do banco e a ausência de respostas nos impele a buscar alternativas que resguardem os direitos e o respeito à dignidade da pessoa humana de todos os trabalhadores dessa instituição”.

"O Sindicato fará todos os esforços para defender esses trabalhadores. O tempo da ditadura já passou. O banco precisa, definitivamente, respeitar esses trabalhadores, que nada fizeram além de discutir na justiça, o que é um direito constitucional assegurado, a sua jornada legal de seis horas que o banco tanto insiste em descumprir", afirma o secretário de Assuntos Jurídicos do Sindicato, Wescly Queiroz.

Renato Alves
Do Seeb Brasília


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