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1 de Junho de 2016 às 12:08

Sindicato protesta contra demissões do HSBC


Crédito: SEEB/BRASÍLIA

Brasília - Bancários e bancárias do HSBC, indignados com as demissões, fechamento de agências e a falta de condições de trabalho, realizaram nesta terça-feira (31) o Dia Nacional de Lutas para protestar contra o processo de reestruturação em andamento pelo banco inglês após a compra de 100% do capital do banco pelo Bradesco. Em Brasília, o Sindicato entregou aos funcionários o jornal Análise, que explica os motivos da mobilização e as reivindicações dos bancários.

“Além de alertar os clientes e usuários sobre o descaso do HSBC, conversamos e asseguramos aos bancários que as atividades do Sindicato vão se intensificar caso o banco não mude de postura”, frisa Paulo Frazão, diretor do Sindicato e funcionário do HSBC. E enfatiza: “Vamos prosseguir na luta em defesa do emprego”.

Durante a visita às agências, os bancários também informados sobre o Encontro Nacional dos Trabalhadores do HSBC, que acontecerá em São Paulo, nos dias 6, 7 e 8 de junho.

Demissões não param

De janeiro a março deste ano, o HSBC cortou 1.466 postos de trabalho em todo o Brasil. No mesmo período, o banco teve um lucro líquido ajustado de R$ 4,113 bilhões, equivalente a uma redução de 3,8% em relação ao mesmo período de 2015. Mesmo lucrando, a instituição financeira prossegue com sua política de demissões imotivadas. Em apenas um ano, foram 3.581 empregos a menos.  

O número de agências também foi reduzido. Em comparação com março de 2015, são 152 unidades a menos.

Bancários adoecidos

A aquisição de 100% do capital social do HSBC Brasil pelo Bradesco, em agosto do ano passado, teve reflexo imediato na vida dos funcionários. O número reduzido de bancários em função das demissões tem se refletido em imensas filas nas agências bancárias, prejudicando o atendimento aos clientes e usuários. Sobrecarregado e assediado, o bancário acaba adoecendo, apresentando estresse emocional com medo de estar na próxima lista de demitidos.

Ao ser cobrado, o Bradesco não admite o descaso com os funcionários e alega que os desligamentos estão ocorrendo a pedido de aposentados e bancário que pretendem estudar fora do país, garantindo que apenas parte dos cortes estaria relacionada com desempenho insatisfatório. 

Mariluce Fernandes
Do Seeb Brasília


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