Belém PA - Demitiu, fechou! Esse foi o recado que a categoria bancária e o Sindicato dos Bancários do Pará levaram às ruas de Belém nessa terça-feira, 21 de junho, Dia Nacional de Luta contra as demissões praticadas de forma deliberada pelo Itaú. Nesse sentido, as agências do banco nas Avenidas Nazaré e Almirante Barroso não funcionaram como forma de protesto.

As paralisações foram uma forma encontrada pelo movimento sindical de pressionar o Itaú a suspender a onda de demissões em massa que está em prática. Isso porque o tema emprego esteve na pauta da reunião de hoje (21) da Comissão de Organização dos Empregados do Itaú com o banco, em São Paulo.

“Desde 2011 o Itaú já fechou 21 mil postos de trabalho, de acordo com levantamento do Dieese, e o grande número de demissões gera preocupação entre os trabalhadores devido à sobrecarga de trabalho, perda de qualidade no atendimento e aumento da insegurança nas agências”, destaca o diretor do Sindicato dos Bancários do Pará e funcionário do Itaú, Sandro Mattos.

O balanço do Itaú, referente ao primeiro trimestre de 2016, mostra que a holding encerrou o mês de março com 82.871 empregados no país, o que mostra redução de 2.902 postos de trabalho em relação ao mesmo período de 2015.

Além disso, foram abertas 74 agências digitais e fechadas 154 agências físicas no país entre março de 2015 e março de 2016, totalizando, ao final do período, 3750 agências físicas e 108 digitais.

“O fechamento de agências físicas e ampliação das digitais vêm promovendo a eliminação de postos de trabalho e sobrecarregando quem permanece no emprego. Só em Belém o banco fechou 3 agências recentemente. O Itaú estende as transações pelos canais digitais em todo o Brasil e essa substituição de trabalhadores por computadores serve apenas para ampliar os lucros do banco e prejudicar a categoria bancária e a sociedade como um todo”, ressalta o diretor do Sindicato e funcionário do Itaú, Vitor Hugo Araújo.

 
Fonte: Bancários PA, com informações da Contraf-CUT