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9 de Maio de 2016 às 09:30

Sindicato e Itaú discutem proposta de renovação da CCV


Crédito: SEEB/BRASÍLIA
Brasília - Diretores do Sindicato dos Bancários de Brasília, da Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Centro Norte (Fetec-CUT/CN) e representantes do Itaú se reuniram na quinta (5), em Brasília, para tratar de diversos temas que afetam os bancários, em especial a retomada da Comissão de Conciliação Voluntária (CCV), que havia sido suspensa.
 
Além de propor a renovação do acordo da CCV com o Sindicato por mais dois anos, o Itaú apresentou algumas novidades. A partir deste ano, quer ampliar a CCV para gerentes Operacional e de EMP Plataforma, coordenador, especialista I e consultor I. Já em 2015, incluiu os gerentes de Relacionamento Uniclass, Personnalité, de Empresas e de Vendas de Produtos PJ.
 
O banco também propôs a criação de uma semana de conciliação para resgatar as pessoas que saíram do banco a partir de outubro de 2015 e que, por alguma razão, não entraram com ação na Justiça.
 
Avaliação 
 
Os diretores do Sindicato se comprometeram a avaliar a minuta da proposta e submetê-la à apreciação do seu departamento jurídico para emitir um parecer sobre o assunto. “A CCV é uma possibilidade para o bancário resolver conflitos trabalhistas de forma rápida. Queremos que a comissão atenda da melhor forma possível os anseios dos bancários”, afirmou a secretária de Assuntos Parlamentares do Sindicato, Louraci Morais. Bancária do Itaú, ela é integrante da Comissão de Organização dos Empregados do Itaú (COE)
 
Demissões
 
O Sindicato relatou vários casos de demissões em que o gestor alega que os desligamentos ocorrem por falta de desempenho, mas, quando verificado, esses bancários estão em plena produção. Outros casos de demissões têm a ver com o retorno após afastamento por adoecimento.
 
Afastamento por doença

Segundo dados apresentados ao banco, o Sindicato tem recebido diariamente cerca de três CAT’s (Comunicação de Acidente de Trabalho) por problemas psicológicos. Isso, segundo os dirigentes sindicais, reflete a sobrecarga de trabalho e pressão por cumprimento de metas.
 
Para melhorar esta comunicação, o Sindicato solicitou ao Itaú que implemente programa de orientação dos gestores, que pode ajudar a combater o assédio moral. Sugeriu, ainda, que o banco reveja o atual processo de cadastro de atestado médico, motivo de muitas reclamações e que tem causado problemas de relacionamento entre gestores e funcionários.
 
“Muitas pessoas evitam procurar tratamento para não ser afastado do trabalho. O medo é constante. Isso configura assédio moral, prática nefasta que deve ser combatida por meio de orientação dos gestores”, ressaltou Conceição Costa, diretora da Fetec-CUT/CN.
 
Segurança bancária

Diversos casos relacionados sobre segurança interna nas agências do Itaú no Distrito Federal foram levantados pelos dirigentes sindicais. Eles exigiram que o banco crie normas para resolver conflitos decorrentes da identificação de policiais armados, a exemplo do ocorrido no dia 31 de março na agência do Itaú da 510 Sul.
 
“O fato é gravíssimo e exige uma solução urgente, pois coloca em risco a vida de funcionários e clientes do banco”, afirmou o diretor do Sindicato Raimundo Dantas, representante da Segurança Bancária no Sindicato.
 
Sobre os assuntos levantados, os representantes do Itaú se comprometeram a verificar os problemas e encaminhar as soluções para o Sindicato.
 
Também participaram da reunião os diretores do Sindicato Larissa Ribeiro, funcionária da BV Financeira; Edmilson Lacerda, Roberto Alves, e Sandro Oliveira, bancários do Itaú.
 
A negociação foi realizada na sede do Sindicato.
 
Rosane Alves
Do Seeb Brasília

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