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23 de Novembro de 2016 às 06:03

Sindicato cobra do BB garantias aos funcionários atingidos pela reestruturação


Crédito: Guina Ferraz

Brasília - Em reunião nesta terça-feira (22), em Brasília, a Contraf-CUT cobrou do Banco do Brasil garantias de manutenção de praça e de remuneração para os funcionários que tiveram cargos e funções cortados, bem como a todos que ficarão como excedentes em cada agência, em função do plano de reestruturação anunciado pela empresa no dia 20.   

Para os funcionários que perderão os cargos, a reivindicação é de que a Verba de Caráter Pessoal (VCP), que garante a remuneração durante quatro meses após o descomissionamento, prevista para ter início em 1º de fevereiro, seja revista com o intuito de garantir mais tempo aos funcionários prejudicados pelo processo. Na minuta de reivindicações, o movimento sindical solicita a VCP de 12 meses, em caso de reestruturação.

Os representantes dos trabalhadores pedem ainda que os caixas executivos que tiverem seus cargos cortados e não conseguirem realocação sejam contemplados com a VCP, o que não está previsto atualmente.

Os dirigentes sindicais criticaram a forma como o processo foi conduzido com os funcionários, que souberam das mudanças pela imprensa, no final de semana. Outra crítica ao banco é em relação ao corte de dotação e fechamento de agências.

O movimento sindical argumenta que o fechamento de agências no interior do país terá impacto no atendimento à população e causará transtornos para as pessoas envolvidas.

“Apesar do lucro de R$ 7 bilhões até agora no ano, o plano anunciado pelo BB, sob a tutela do governo golpista de Temer, reduz o papel social da instituição, enfraquecendo sua presença nas cidades brasileiras, reduzindo sua influência e atuação como banco público na sociedade. A extinção de dependências e o enxugamento do quadro prejudicarão a sociedade brasileira, que é a acionista majoritária da empresa”, dispara Rafael Zanon, diretor do Sindicato e representante da Fetec-CUT/CN na Comissão de Empresa, que assessora a Contraf-CUT nas negociações.

Ascensões estão bloqueadas até a realocação dos funcionários na lateralidade

O BB garantiu que, conforme reivindicação dos funcionários, ninguém será obrigado a migrar para jornada de 6 horas com redução de salários. Nas movimentações na lateralidade fruto da reestruturação, o bancário poderá optar por permanecer na jornada de 8 horas. Outra garantia é a criação do TAO Especial (sistema de recrutamento, concorrência e seleção), a partir de 1º de dezembro e sem prazo determinado para acabar, com prioridade aos funcionários das áreas impactadas. O TAO especial selecionará apenas na lateralidade, visando realocar sem perda remuneratória os funcionários prejudicados pela migração ou extinção de dotação.

Funcionários oriundos de bancos incorporados

O BB informou ainda que respeitará os regulamentos dos respectivos planos de previdência complementar e que o tempo de trabalho completo no banco incorporado será contado para efeito de indenização no Plano Extraordinário de Incentivo à Aposentadoria (PEAI).

Jornada de 6 horas e plano de aposentadoria

A Comissão de Empresa solicitou ao BB que outros cargos de analista/assessores também sejam contemplados com opção para jornada de 6 horas, tais como os analistas jurídicos e analistas de engenharia e arquitetura, bem como os funcionários do Sesmt, entidades e empresas coligadas como BB Previdência, BB Seguridade, Fundação Banco do Brasil, Previ e Cassi.

Sobre a CCV (Comissão de Conciliação Voluntária), os sindicatos alertam que não existe atualmente aditivo que permite a sua realização e que este acordo ainda será negociado. Os funcionários que desejarem fazer opção para jornada de 6 horas e aceitar valores de CCV deverão aguardar as assinaturas dos aditivos para não perderem valores nos acertos indenizatórios, por prescrição de tempo.

A Contraf-CUT cobrou mais transparência e informações detalhadas da quantidade de cargos e pessoas envolvidas em cada unidade afetada pela reestruturação. Foram solicitadas ao banco planilhas de acompanhamento geral e detalhadas por prefixo.

Plenária e nova rodada de negociação

E no próximo dia 29 o Sindicato fará uma plenária para debater a reestruturação, PEAI, CCV, jornada de 6 horas, entre outros assuntos relacionados, com a assessoria jurídica do Sindicato e a Comissão de Empresa dos Funcionários. Será na sede do Sindicato (EQS 314/315), às 19h, e é aberta a todos os bancários. E nova rodada de negociação com o BB será realizada no dia 1º de dezembro, na sede do banco, em Brasília.

Fonte: Da Redação com Contraf-CUT


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