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4 de Maio de 2016 às 13:42

Seminário de empregados da Caixa debate o banco na conjuntura atual


Crédito: SEEB/BRASÍLIA

Brasília - Representantes dos empregados da Caixa de todo o país estiveram em Brasília nesta terça-feira (3) para participar do seminário “A Caixa é do povo brasileiro”, organizado pela Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa). Entre os objetivos, discutir formas de fortalecer o banco público.

“Se o impeachment se consolidar, enfrentaremos momentos duros sem ainda viver o luto do neoliberalismo, que é tão ameaçador para a Caixa. Isso pressupõe abrirmos mão de instrumentos estratégicos que são os bancos públicos e, particularmente, a Caixa”, afirmou a deputada federal, Erika Kokay, que é funcionária da empresa.

Para a deputada, o banco corre risco devido aos acordos feitos com o setor privado, além da lógica neoliberal de reduzir a participação do Estado apenas às políticas de saúde, educação e segurança.

“Precisamos do Estado forte, inclusive da Caixa, na conquista da moradia, até porque o direito à cidade pressupõe o direito a uma reforma urbana que valorize o ser humano, um direito absolutamente fundamental neste momento de luta no país”, ressaltou a deputada.

Erika destacou, ainda, a tentativa de setores conservadores de enfraquecer a Caixa, tirando seu poder de articulador das políticas sociais. “Concentrar as políticas sociais nos 5% mais pobres do país significa reduzir a atuação dos bancos públicos no mercado e editar o que vencemos no governo FHC, a retirada de direitos dos trabalhadores e diminuição da atuação dos bancos públicos no sistema financeiro. Obviamente, isso é muito nocivo para os trabalhadores e para o banco. Precisamos de mais Caixa para o país, ainda tão desigual para os trabalhadores.”

“É claro que não dá para discutir a situação da Caixa destacada de todo o clima político que vem sendo gerado no país, principalmente com a ameaça de golpe à democracia que se instalou na Câmara e que agora caminha no Senado”, afirmou o diretor do Sindicato dos Bancários de Brasília Wandeir Severo.

Segundo Wandeir, a Caixa não terá futuro se não garantir condições dignas para os trabalhadores que constroem o banco e dão sustentabilidade à empresa, fazendo com que continue avançando no seu papel social.

“A Caixa não é um banco para dar lucros apenas. Precisa se sustentar, mas também precisa cumprir seu papel social. Isso tem que começar dentro de casa, principalmente com atenção e respeito aos seus empregados.”

Rosane Alves
Do Seeb Brasília


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