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23 de Setembro de 2015 às 10:03

SEEB/MT realiza reuniões para mobilizar a categoria


Crédito: SEEB/MT

Cuiabá MT - Na semana passada, o Sindicato dos Bancários de Mato Grosso  realizou reuniões com os trabalhadores e trabalhadoras das agências bancárias dos municípios da Região Médio Norte. E, durante esta semana, a direção do SEEB/MT percorrerá as agências bancárias de Cuiabá e Várzea Grande com o objetivo de mobilizar a categoria e alertar a população para uma possível greve diante da falta de avanço nas negociações com a Federação Nacional dos Bancos (FENABAN).

Nesta terça-feira (22/09), além de percorrer várias agências bancárias, os diretores do SEEB/MT realizaram reunião com os funcionários do Banco do Brasil, agência Estilo, para informar a categoria sobre o andamento das negociações, que até o momento não avançaram.

De acordo com o secretário de assuntos jurídicos do SEEB/MT, Alex Rodrigues Teixeira, o sistema financeiro e o governo querem jogar a conta da crise econômica nas costas dos trabalhadores. “Esse argumento de crise econômica não serve para o setor financeiro, pois a crise que existe é do mercado comum e não tem afetado o setor financeiro que continua batendo recordes de lucro. Para quebrar esse discurso dos banqueiros só com a disposição dos trabalhadores para fazer o enfrentamento, ou seja, com uma possível greve com adesão forte para arrancar dos banqueiros as nossas reivindicações”, avalia.

Para o presidente do SEEB/MT, José Guerra, que faz parte do Comando Nacional de Negociações, também concorda que não existe crise no setor financeiro, que lucrado com o aumento da Selic e com as taxas de serviços penalizando os clientes e usuários. “No dia 25, a FENABAN tem que apresentar uma proposta condizente com os lucros dos bancos para os trabalhadores ou a greve será inevitável”, completou. 

Na última rodada de negociações foram debatidas as seguintes reivindicações:

Reajuste de 16%
O reajuste de 16%, reivindicado pelos bancários, inclui reposição da inflação mais 5,7% de aumento real. Nos últimos 10 anos (2004 a 2014), a categoria bancária conquistou aumento real de 20,7%. O Comando alertou, durante a negociação com a Fenaban, que não aceitará retrocessos. 

PLR
A categoria está reivindicando PLR de três salários mais parcela fixa de R$7.246,82. Na hipótese de prejuízo, os trabalhadores querem a garantia do pagamento de um salário mínimo do Dieese, referente ao mês de divulgação do balanço.

Os bancos sinalizaram para a manutenção das regras do ano passado com correção, mas ficou de apresentar um pacote global.

14º salário
Como valorização do trabalhado executado pelos bancários, os dirigentes sindicais reivindicaram o pagamento do 14º salário a todos o empregados, inclusive aos afastados e aos que tiveram o contrato de trabalho rescindido. A Fenaban disse não. Argumentou que não há justificativa para mais uma remuneração fixa e que a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) já conta com muitos benefícios. 

Salário de ingresso
O Comando Nacional também quer garantir o piso inicial, no setor bancário, de R$3.299,66. O valor é equivalente ao salário mínimo indicado pelo Dieese, como essencial para a sobrevivência do trabalhador. A minuta da categoria também propõe o salário inicial de R$4.454,54 para caixas e operadores de atendimento e a criação dos pisos de R$ 5.609,42 para primeiro comissionado e de R$ 7.424,24 para primeiro gerente. Mas também não houve propostas por parte dos banqueiros. 

Parcelamento de adiantamento de férias
Os dirigentes sindicais também defenderam a proposta da categoria de que os trabalhadores, por ocasião das férias, possam requerer que a devolução do adiantamento feito pelo banco seja efetuada em até dez parcelas iguais e sem juros, a partir do mês subsequente ao do crédito. Vários bancos já concedem essa vantagem aos bancários. Os banqueiros ficaram de discutir entre os bancos, para responder posteriormente.

Reajuste dos auxílios
Outra reivindicação é o aumento no valor dos vales alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá para R$788,00 ao mês, para cada, correspondendo ao valor do salário mínimo nacional vigente. Os banqueiros, mais uma vez, ficaram de responder futuramente às reivindicações.

Auxílio Educacional 
Os bancários ainda solicitaram que as despesas com ensino médio, graduação e pós-graduação sejam custeadas integralmente pelos bancos. Atualmente, o auxílio educacional é estabelecido conforme critério de cada instituição bancária. Nesta clausula, não houve consenso entre os bancos e, conseqüentemente, não houve acordo.

Fonte: SEEB/Mato Grosso


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