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13 de Abril de 2016 às 15:30

Riscos à saúde dos trabalhadores da Superintendência Regional do Banco da Amazônia são tema de reunião


Crédito: SEEB/PARÁ

Depois da denúncia feita (dos riscos à saúde dos trabalhadores da Superintendência Regional do Banco da Amazônia em Belém após a invasão de ratos na unidade), o Sindicato dos Bancários do Pará, a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego no Pará (SRTE) e o Banco da Amazônia se reuniram na tarde desta terça-feira (12) na sede da SRTE, para buscar soluções que eliminem de vez tais riscos.

Na reunião, o Banco da Amazônia se comprometeu em transferir os bancários para o 11º andar da matriz do banco, em Belém, a partir de hoje (13) até o dia 25 desse mês. Depois eles serão finalmente remanejados para a nova agência do banco localizada na Avenida Almirante Wandenkolk. Essa mudança de prédio é aguardada ansiosamente pelo funcionalismo.

O Sindicato também solicitou a emissão da CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho) para todos os trabalhadores que entraram em contato indireta ou diretamente com a urina e fezes dos roedores. Mas o banco alegou que a emissão só poderá ser feita se o bancário for diagnosticado com algum problema de saúde relacionado ao contato patológico no prazo de 30 dias. Fora o prazo estabelecido, a CAT não poderia mais ser emitida.

“Chegar ao seu local de trabalho e encontrar fezes e urina de ratos é um absurdo e descaso total com o trabalhador. Só por esse contato, a CAT deveria ser gerada automaticamente. O trabalhador que recebe a orientação para trabalhar com luvas e máscaras em uma agência bancária, já é sinal de que a precarização do trabalho está grande. E nós do Sindicato dos Bancários não vamos permitir que a saúde do trabalhador seja tratada com esse descaso. Por isso nós continuaremos na luta por melhores condições de trabalho até que a solução para esse caso seja a melhor para todos os trabalhadores”, afirma a presidente do Sindicato, Rosalina Amorim.

Mesmo diante de tantos riscos à saúde, alguns bancários por medo de represálias permaneceram na agência, outros não suportaram o caos e pararam suas atividades.

“Esse conflito está gerando o problema para abonar os dias parados, já que o banco ofereceu luvas e máscaras para os bancários, que não se sentiram confortáveis, a terem uma segunda opção de continuar trabalhando em meio ao fedor e o risco de contaminação. Essas atitudes do banco provam que o local de trabalho estava impróprio para o trabalho e mesmo assim o banco quis insistir pela permanência dos trabalhadores lá”, avalia o diretor do Sindicato e empregado do banco, Sérgio Trindade.

Além disso, o Sindicato solicitou que o banco apresentasse o laudo técnico, lavrado pela médica do trabalho da empresa, para que os empregados tomassem conhecimento sobre os riscos aos quais estavam expostos. O banco irá avaliar a possibilidade de apresentação do documento. Outro pedido da entidade sindical foi em relação ao abono dos dias parados, o Banco da Amazônia confirmou através de ofício, que somente o dia de ontem (12) foi abonado até agora, as outras datas eles iriam avaliar conforme pedido pelo Sindicato.

Também durante a reunião, o banco garantiu que vai fazer a desratização, porém não informou a data.

 

Fonte: Bancários PA


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