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5 de Fevereiro de 2016 às 05:08

Nova negociação da PLR com o BRB não avança


Crédito: Guina Ferraz - SEEB/Brasília

Em nova rodada de negociação ocorrida nesta quarta-feira (3), não houve nenhum avanço nas discussões sobre o novo modelo de PLR (Participação nos Lucros e Resultados) para 2016. O banco alegou que está em fase de estudos e simulações observando o discutido até agora para apresentar ao Sindicato, porém essas simulações e estudos ainda não estavam prontos. Nova negociação ficou marcada para o próximo dia 24.

“O banco iniciou as negociações sobre a PLR de 2016 ainda no início de janeiro, com o discurso de que pretendia acelerar a discussão, mas agora começa a apresentar comportamento idêntico ao que sempre apresentou, o de propiciar demora no desenvolvimento do debate”, observa o diretor da Fetec-CUT/CN André Nepomuceno.

Na negociação, foram discutidos ainda os seguintes pontos:

· Contrato para fotocópias - o superintendente de Serviços Gerais afirmou que esta modalidade gera economia para o banco, visto que suprime a necessidade de compra, estocagem, controle de insumos e ainda de manutenção em máquinas. Disse ainda que os valores estão em linha com o que se pratica no mercado e que o sistema financeiro, quase que por unanimidade, adota este procedimento. O Sindicato voltou a apresentar a preocupação de que se repitam os descalabros observados no governo Arruda, quando esta modalidade gerou foco de corrupção no BRB, bem como em quase todo o complexo do GDF.

· Substituições - embora o Sindicato tenha ingressado com ação judicial contra a resolução que proíbe substituições e implanta a lateralidade também nas agências do banco, a entidade voltou a cobrar do banco a flexibilização da proibição de substituições, ao que o banco, mais uma vez, afirmou que não discute a regra imposta ainda em 31 de dezembro passado. O BRB se limitou a afirmar que pedidos feitos pelos gestores das unidades serão analisados.

· Alerta formal aos gerentes da Agência DPE – o Sindicato cobrou a imediata revogação do alerta, na medida em que compreende que o banco descumpriu o acordado em mesa que pôs fim à greve da categoria, o de que não haveria qualquer espécie de punição aos trabalhadores que fizeram greve. O banco disse que o alerta não tem relação com a paralisação e que este instrumento não macula a ficha pessoal de nenhum funcionário, pois trata-se tão somente de um “alerta contra procedimento inadequado”, que é o de não terem informado à gerente geral da unidade de sua ausência. O Sindicato compreende, e mais uma vez reitera, que esta argumentação é descabida, pois o aviso de greve é dado pela assembleia, isto após o cumprimento de todos os pré-requisitos legais previstos em legislação. Uma vez decretado o movimento, a qualquer momento que o trabalhador adere, o patrão ou seu preposto está devidamente avisado, portanto não cabe o argumento de houve falha em não avisar o/a gestor/a.

“A diretoria está exorbitando, e certamente o que pretende com esta medida retaliatória é criar temor no segmento de gerentes, como forma de evitar sua adesão a possíveis paralisações futuras. Por mais que o banco argumente que não há efeito prático na vida do trabalhador, com a medida o valor simbólico do que ela representa é que tem de ser combatido, pois cria um clima inibitório para adesões de comissionados a novas greves. E para isto o Sindicato não poupará esforços”, sublinha o diretor do Sindicato Cristiano Severo.

O Sindicato aguarda um posicionamento da diretoria do banco sobre a reivindicação de revogação da medida.

A secretária-geral do Sindicato, Cida Sousa, também participou da negociação.

Da Redação


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