Belém PA - Desde que o Banco do Brasil anunciou sua política de reestruturação, no dia 20 de novembro do ano passado, a qual prevê redução do quadro funcional, fechamento de agências ou redução de agências para Postos de Atendimento Bancário, o Sindicato dos Bancários do Pará iniciou uma grande mobilização contra essa medida, a qual já fechou duas agências em Belém (Gentil e Generalíssimo) e previa o fechamento de mais duas na capital agora em 2017, a da Avenida 9 de janeiro e a do distrito de Mosqueiro.

Esta última causaria um grande prejuízo a milhares de pessoas que moram e trabalham na ilha, sem contar com os turistas. Mas toda a mobilização e argumentação do Sindicato e da população mosqueirense sensibilizou a Justiça do Pará, que determinou que o BB se abstenha de fechar ou reduzir a unidade à PAB. O pedido foi ajuizado pelo Ministério Público do Pará (MPPA) e pela Defensoria Pública.

A ação do MPPA e Defensoria, protocolada no dia 26 de janeiro, alegou que existem apenas duas agências bancárias no distrito (Banco do Brasil e Banpará), além de um posto de serviço da Caixa Econômica. Os pontos são responsáveis por atender uma população de 60 mil pessoas, que triplica na época de férias. Outro prejuízo alegado na ação é o fato dos idosos e pensionistas terem dificuldade para saírem da região, tendo em vista que seriam deslocados para atendimento em Benevides, Marituba e Ananindeua.

No início desse ano, o Sindicato dos Bancários e a Associação Pró-turismo da Ilha de Mosqueiro formalizaram a denúncia à Promotoria de Justiça do Consumidor, do MPPA, sobre o fechamento da única agência do Banco do Brasil no distrito e as dificuldades que isso traria para seus clientes.

Além disso, entregaram em audiência pública à Comissão de Direitos Humanos e Defesa do Consumidor da Assembleia Legislativa mais de 3 mil assinatura em abaixo-assinado contra o fechamento da agência do BB em Mosqueiro.

“Essa decisão da justiça do estado é uma vitória da categoria bancária e da população de Mosqueiro. Sabemos que essa medida terá um peso muito grande nas decisões administrativas do Banco do Brasil e confiamos que a unidade seguirá com suas atividades normais. Agradecemos a todos os órgãos públicos que nos receberam e acolheram nosso pedido. Seguiremos em luta contra a reestruturação no Banco do Brasil, em defesa da abertura de novas agências, mais contratações e melhores condições de trabalho e de atendimento ao público, tanto no BB como em todos os bancos”, afirma a presidenta do Sindicato e funcionária do Banco do Brasil, Rosalina Amorim.

A reorganização institucional apresentada pelo Conselho de Administração do Banco do Brasil prevê o fechamento de 402 agências em todo o país, a transformação de 379 agências em postos de atendimento, o encerramento de 31 superintendências e um plano de extraordinário de aposentadoria incentivada para 18 mil servidores.

Fonte: Bancários PA, com informações do G1 e DOL.