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6 de Setembro de 2016 às 18:20

Greve dos bancários começa forte e arranca negociação


Crédito: SEEB/DDS

Dourados MS - No Mato Grosso do Sul, a greve dos bancários foi forte neste  primeiro dia, a categoria mostrou que está disposta a lutar por ganho real e nas principais cidades várias agencias bancárias não funcionaram nesta terça-feira.

Em Dourados as 25 agencias estiveram fechadas e o funcionamento se deu apenas através de terminais de auto-atendimento. A greve também atingiu as cidades de Nova alvorada do Sul, Douradina, Vicentina e Jatei, ao todo foram 31 agências fechadas.

Em todo o Brasil foram 7359 agências, centros administrativos, Central de Atendimento (CABB) e Serviço de Atendimento ao Cliente (SAC) que tiveram as atividades paralisadas. Este número equivale a 31,25% do total de agências no Brasil, segundo dados do Banco Central.

Diante deste quadro que deve crescer ainda mais na quinta-feira dia 8/9, a Fenaban chamou a categoria para nova rodada de negociações que acontece na sexta-feira (9), às 11h, em São Paulo. Os números da adessão deste primeiro dia são 17,7% maior do que os do primeiro dia do ano passado.

O Comando vai se reunir com eles no dia 9 e nossa expectativa é que a proposta seja revestida de decência. Que o banqueiro não queira reduzir nosso salário e que apresente condições objetivas para que a gente possa caminhar para a solução do nosso conflito, não penalizando a sociedade com a greve. Os bancários não gostam de greve, quem gosta de greve é o banqueiro, disse Roberto Von de Osten, presidente da Confederação Nacional dos Bancários.

A proposta que a Fenaban apresentou no dia 29 de agosto foi de reajuste de 6,5% no salário, na PLR e nos auxílios refeição, alimentação, creche, e abono de R$ 3 mil. A oferta não cobre, sequer, a inflação do período, projetada em 9,57% para agosto deste ano e representa perdas de 2,8% para os bancários.

Entre as reivindicações dos bancários estão: reposição da inflação do período mais 5% de aumento real, valorização do piso salarial, no valor do salário mínimo calculado pelo Dieese (R$3.940,24 em junho), PLR de três salários mais R$ 8.317,90, combate às metas abusivas, ao assédio moral e sexual, fim da terceirização, mais segurança, melhores condições de trabalho. A defesa do emprego também é prioridade, assim como a proteção das empresas públicas e dos direitos da classe trabalhadora.

 

Lucros exorbitantes

Com os lucros nas alturas, os cinco maiores bancos (Itaú, Bradesco, Banco do Brasil, Santander e Caixa) lucraram R$ 29,7 bilhões no primeiro semestre de 2016, mas, por outro lado, houve corte de 7.897 postos de trabalho nos primeiros sete meses do ano. Entre 2012 e 2015, o setor já reduziu mais de 34 mil empregos.

 

Desemprego

Bancários e bancárias convivem com um ambiente de trabalho adoecedor, desgastando a sua saúde física e mental ao longo de jornadas de trabalho extenuantes, sem pausas para descanso, com metas de produção inalcançáveis e cada vez mais crescentes, convivendo com riscos de assaltos e de sequestros e tendo de dar conta de inúmeras tarefas. A última estatística divulgada pelo INSS, entre janeiro e março do ano passado, revelou que 4.423 bancários foram afastados do trabalho, sendo 25,3% por lesões por esforços repetitivos e distúrbios osteomusculares e 26,1% por doenças como depressão, estresse e síndrome do pânico.

 

Fonte: SEEB/Dourados MS


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