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31 de Maio de 2016 às 06:25

Ex-bancária sofre com descaso do Bradesco


Crédito: Reprodução
Brasília - O descaso do Bradesco com seus empregados fica evidente no relato de Talina Simões, demitida injustamente pelo banco há um ano, e que até hoje continua lutando por seus direitos. Estudante da Fundação Bradesco desde os seis anos de idade, aos 18 ela entrou para a instituição financeira, onde ficou durante nove anos.
 
A ex-bancária conta que seu injusto afastamento ocorreu porque, no  cumprimento de uma determinação dos seus superiores, ela foi agredida fisicamente por um cliente. “A orientação era para que ficássemos na porta do Bradesco, impedindo a entrada de quem quisesse fazer pagamentos de boletos, uma vez que a intenção do banco é limitar o número de atendimentos e para isso sugere a utilização dos meios eletrônicos”, ressalta.
 
O banco impediu Talina de fazer ocorrência policial contra o cliente, e após alguns dias a demitiu. Sem receber os seus direitos, inclusive o pagamento da requalificação profissional, a ex-bancária não teve alternativa e entrou com um processo judicial contra a instituição.
 
Jornadas excessivas
 
Além desse episódio traumático, Talina era obrigada a cumprir jornadas excessivas de trabalho. Ela trabalhava das 9h às 21h, com intervalo de apenas 15 minutos para almoço, sem direito a horário para lanche, e chegou a fazer 56 horas extras em um mês. “Eu ficava no caixa o dia inteiro. Era exaustivo”, recorda.
 
Antes da demissão, ao fazer um exame periódico no banco, Talina relatou à médica o episódio traumático ocorrido, mas a profissional lhe disse claramente que não poderia colocar não apta no laudo, sugerindo nova avaliação com outro médico.
 
Em função de todos esses transtornos que deixaram marcas profundas, impedindo Talina até mesmo de entrar em uma agência bancária, hoje ela passa por tratamento psicológico.
 
Mariluce Fernandes
Do Seeb Brasília

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