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3 de Outubro de 2016 às 07:00

Em ato na rodoviária do Plano, Sindicato esclarece população sobre motivos da greve


Brasília - O Sindicato realizou nesta sexta-feira (30) um ato na Rodoviária do Plano Piloto para dialogar com a população e esclarecer os motivos pelos quais os bancários ainda seguem em greve, que completou 25 dias com forte paralisação dos bancários do Itaú e do BRB. 
 
Na atividade, iniciada às 17h, os dirigentes sindicais, distribuindo panfleto explicativo, responderam aos questionamentos das pessoas, enfatizaram que os banqueiros, que insistem em manter uma proposta rebaixada, são os responsáveis pela paralisação da categoria.  
 

A proposta prevê acordo válido por dois anos, sendo aplicado um reajuste de 7% para este ano, o que representa uma perda salarial de 2,39%, mais abono de R$ 3.500, e reposição da inflação mais 0,5% de ganho real para 2017.

As negociações da Campanha Nacional 2016, que tem como mote “Só a luta te garante”, tiveram início ainda na primeira quinzena de agosto, quando a pauta de reivindicações foi entregue à Fenaban. Desde então, os bancários têm ouvido uma sequência de ‘nãos’ dos banqueiros. 
 
Descaso dos banqueiros
 

Os bancários estão de braços cruzados desde o dia 6 de setembro contra o descaso dos banqueiros que insistem em desvalorizar os maiores responsáveis pelos seus elevados lucros, os seus funcionários.  Para eles, não existe a palavra aperto, ao contrário da realidade de milhões de trabalhadores. Isso mostra que eles têm plenas condições de atender as reivindicações dos bancários.

Para se ter uma ideia, os cinco maiores bancos que atuam no Brasil (Itaú, Bradesco, Banco do Brasil, Santander e Caixa) lucraram, juntos, R$ 29,7 bilhões no primeiro semestre de 2016. E mesmo ganhando tanto, fecharam 9.104 postos de trabalho de janeiro a agosto deste ano, sem reposição de funcionários na mesma proporção.  Uma política que sobrecarrega os bancários, que sofrem com as jornadas excessivas e acabam ficando adoecidos, sem falar da rotina de pressão pelo cumprimento de metas, que muitas vezes descamba para a prática de assédio moral.
 

Mas não é somente os bancários que sofrem com o desdém dos banqueiros. A população também é prejudicada. Além de terem de pagar juros exorbitantes e tarifas altíssimas, os usuários e a clientela precisam enfrentar filas enormes para serem atendidos de forma precária.

A taxa de juros do cheque especial bate recordes a cada mês. Dados do Banco Central (BC) revelam que chegou a 318,4% ao ano, no mês de julho (última pesquisa divulgada). No cartão de crédito, os números são ainda piores, com taxa de juros de 470,7% ao ano. Neste ano, essa taxa já subiu 39,3 pontos percentuais.

Sindicato faz plenária nesta segunda para debater a greve
 

O Sindicato irá realizar uma plenária na segunda-feira (3), às 17h, em sua sede (EQS 314/315, na Asa Sul), para repassar orientações e demais informações aos bancários acerca da paralisação e definir os rumos do movimento. Vem pra luta! Participe!

 

Mariluce Fernandes

Do Seeb Brasília







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