Foi realizada na última quinta-feira, dia 22, reunião de delegados sindicais na sede do Sindicato dos Bancários de Brasília. A precarização do mundo do trabalho foi o tema de abertura dos debates na parte da manhã. O desembargador Gilberto Augusto Leitão Martins, do Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região, falou sobre a realidade do mercado de trabalho hoje no país, em especial após a aprovação da lei 13467/17, da reforma trabalhista do governo de Michel Temer, e que veio para pulverizar e reduzir os direitos trabalhistas.

“Não foram criados novos empregos, e se reduziram direitos absurdamente, esquecendo-se de que os direitos trabalhistas não são importantes apenas para o trabalhador, mas para toda a sociedade”, salientou. Ele criticou a “uberização” da economia, pessoas que trabalham apenas pelo salário e sem qualquer direito social ou previdenciário.

Na parte da tarde os delegados sindicais do Banco do Brasil e da Caixa se reuniram separadamente para discutir pautas específicas de cada um dos bancos, tendo em vista que este ano haverá negociação do acordo coletivo da categoria.

“Foi um encontro bastante produtivo, de onde tiramos diretrizes para nossa luta, lembrando que este ano é ano de renovar nosso acordo em nossa data-base e o específico de cada banco”, afirmou Antonio Abdan, empregado da Caixa e diretor de Finanças do Sindicato.

O presidente da Fetec-CUT/CN, Cleiton dos Santos, salientou os desafios que os bancários terão que enfrentar neste ano e citou a questão da saúde mental dos trabalhadores como uma das preocupações da categoria.

Bancário do Banco do Brasil e diretor da Fetec-CUT/CN, Rodrigo Britto salientou que, no debate específico dos delegados do BB, os colegas aprofundaram a discussão sobre a necessidade de “varrer” todos os entulhos e problemas das gestões anteriores, em especial do governo Bolsonaro, e de se criar uma nova fase para o Banco do Brasil em que se valorize o funcionalismo e se construa um novo horizonte para o desenvolvimento do país.