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28 de Março de 2022 às 08:10

De avião, de balsa e de carro: Caravana Bancária desembarca no nordeste paraense


A Caravana Bancária começa antes mesmo do embarque. “No início do ano fazemos um planejamento anual de visitas pelo Pará que é atualizada no final de cada mês e confirmada no começo de cada semana para daí serem compradas passagens aéreas ou de barco, hospedagem, tudo conforme o roteiro”, explica a diretora da Contraf-CUT, Rosalina Amorim, que também é uma das responsáveis pelo planejamento da Caravana Bancária que nessa semana, de 22 a 24, junto com a presidenta do Sindicato, Tatiana Oliveira, e os dirigentes Luiz Otávio, Érica Fabíola e Wellington Araújo visitaram cinco municípios do nordeste do Pará.

“No primeiro dia da Caravana estivemos em Moju e Tailândia, mas para cumprir o que foi programado precisamos sair de madrugada de Belém, atravessar a balsa até Barcarena e de lá seguir pela rodovia; e mais; é ainda necessário que nos dividamos por corporação para distribuirmos agenda, calendário, fazer novas sindicalizações, atualizações cadastrais, e principalmente ouvir as demandas de todos os colegas conforme é possível, pois às vezes quando chegamos o atendimento ao público já começou e é entre um cliente e outro que falamos com os bancários e bancárias”, conta Érica Fabíola.

Oportunidade

“O Sindicato já veio aqui outras vezes e sempre deixam a ficha para eu me filiar mas eu acabava me esquecendo, mesmo tendo vontade de contribuir com a luta da nossa categoria através da minha sindicalização e hoje não deixei passar a oportunidade de novo”, comenta a mais nova associada, Dianielly Werneck e Silva, bancária do Banco da Amazônia em Tailândia.

Foi em Tailândia também que o retorno do Sindicato, em pouco menos de 4 meses, convenceu dois gerentes a tomarem a mesma decisão de Dianielly. “Para nós enquanto dirigentes não há reconhecimento maior do nosso trabalho sindical que não seja a sindicalização e a permanência dos nossos associados e associadas, e a ‘cereja do bolo’ é quando ouvimos e sentimos o carinho em forma de palavras e abraços”, conta emocionado o diretor de esportes da entidade, Luiz Otávio, ao rever bancários que eram de uma instituição particular na capital, e agora estão trabalhando em um banco público em Tailândia.

De volta

O segundo dia de Caravana foi de bate e volta de Tucuruí a Novo Repartimento. Em 2012, Rosalina Amorim, Luiz Otávio e outros dirigentes naquele ano, fizeram esse mesmo percurso de carro, na rodovia que continua sem pavimentação, e há 10 anos o barro era lama onde os diretores tiveram que ‘meter o pé’ literalmente para seguirem viagem. “Por conta desse episódio achei melhor sairmos o mais cedo possível de Tucuruí com receio de encontrar muita lama pelo caminho, mas felizmente o barro só estava úmido e pudemos seguir uma viagem tranquila e chegamos bem cedinho em Novo Repartimento”, lembra Rosalina Amorim.

A chegada ao município bem antes do previsto permitiu que a delegação conseguisse reunir com os bancários e bancárias do Banco do Brasil antes da abertura da agência, e em alguns minutos de apresentação do Sindicato, filiar 3 dos 4 novos bancários recém empossamos.

Um deles é o Sillas Menezes, filho de bancária aposentada, hoje, em pouco mais de um mês, dá continuidade ao trabalho da mãe na mesma instituição bancária. “Eu acredito que a função do Sindicato é ter um grupo para conseguir negociar com os nossos empregadores. Eu acho que sozinho a gente não consegue ter esse poder e a gente em grupo, a gente consegue influenciar; e sozinho é mais difícil”, explica Sillas sobre o que o motivou a se sindicalizar.

De Marabá pra Tucuruí

O último dia de Caravana teve reforço na equipe com a chegada da presidenta do Sindicato, Tatiana Oliveira, que veio de Marabá junto com o diretor da entidade na região, Wellington Araújo.

“Na quinta fechamos nossa agenda de visitas nas agências do Banco do Brasil e Caixa em Tucuruí e Breu Branco respectivamente. No dia anterior estivemos fazendo a mesma reunião em Marabá com os colegas dos mesmos bancos públicos. Na pauta: PLR Social que a Caixa engarfou e as entidades estão solicitando o valor que deveria ter sido pago e não foi; Campanha Nacional que já começa a ganhar forma, e o Saúde Caixa que estamos em tratativas em busca de atendimento digno à categoria aqui na região”, destaca Tatiana Oliveira.

Quem também ganhou reforço na equipe foram os bancários e bancárias da Caixa em Tucuruí com os novos contratados, como o bancário Marcilei Silva, que teve uma reviravolta na vida no final do ano passado pra cá.

Até novembro do ano passado, Marcilei estava desempregado após pedir demissão da função de caixa em um supermercado de Imperatriz, no Maranhão, para em 30 dias estudar e se preparar para a prova da Caixa destinada às pessoas com deficiência em todo o Brasil. Em Marabá e região foram ofertadas 35 vagas para posse imediata e 5 para cadastro de reserva.

Desde fevereiro, Marcilei é técnico bancário em Tucuruí, nordeste do Pará. “Eu superei muitos obstáculos para estar aqui. Eu estou muito satisfeito, muito realizado nessa nova etapa da minha vida e muito grato, grato a Deus, grato à Caixa, grato a todos que me auxiliaram nesse processo, a todos os médicos que me avaliaram, aos psicólogos, aos colegas que me apoiaram, a minha família em primeiro lugar. Já a filiação é de fundamental importância, porque vão lutar pelos nossos direitos, coisas que a gente não pode por si só lutar, mas unindo forças a gente fica mais forte, a classe pode exigir seus direitos, coisa que eu não conseguiria fazer sozinho. Então quem ainda não é, que se afilie, porque é muito importante para a nossa causa, para os nossos direitos”, define o também recém filiado ao Sindicato dos Bancários.

“Ao Marcilei, Sillas e todos os demais dezessete novos bancários e bancárias recém filiados, sejam muito bem-vindos e contem desde sempre com a direção do nosso Sindicato”, afirma Wellington Araújo.

 

Fonte: Bancários PA


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