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20 de Dezembro de 2017 às 21:42

Contra desrespeito do Santander, bancários do DF cruzaram os braços


Brasília - Bancários e bancárias do Santander paralisaram as atividades em todo o país, nesta quarta-feira (20), em protesto às medidas unilaterais adotadas pelo banco espanhol. Em Brasília, dezenas de agências não abriram durante todo o dia contra os desmandos da direção do banco, que já está aplicando a nefasta reforma trabalhista de Temer, desconsiderando o acordo firmado com os trabalhadores.

A atividade também repudiou as mudanças feitas pelo Santander sem consulta ou negociação com os trabalhadores e as representações sindicais. As ações do banco desrespeitam os funcionários e o Acordo Coletivo de Trabalho, que tem vigência até 31 de agosto de 2018.

“Sem diálogo, o Santander mudou a folha de pagamento do dia 20 para o dia 30, alterou os meses de pagamento do 13º salário, sem falar do documento inconstitucional sobre banco de horas extras que os trabalhadores estão sendo obrigados a assinar. Exigimos a manutenção dos nossos direitos e mais respeito com os trabalhadores que se dedicam diariamente para garantir os lucros bilionários do banco”, destaca a diretora do Sindicato e bancária do Santander, Rosane Alaby.

 

Para o diretor da Federação dos Bancários do Centro Norte (Fetec-CUT/CN), Jorge Kotani, “se o banco já quer antecipar a reforma trabalhista em detrimento da Convenção e do Acordo Coletivo, precisamos nos mobilizar para frear as investidas que tentam retirar direitos. E a população entende que paralisações como as de hoje são necessárias, já que estamos todos sob ameaça”, declara.

“Com uma previsão de lucro em 2017 de mais de R$ 10 bilhões, não dá para entender a lógica adotada pelo Santander. Um banco estrangeiro que entra no nosso país, alcança resultados altíssimos e promove demissões em massa. Até o acesso à saúde está prejudicado, já que o banco aumentou o valor de contribuição da parte dos funcionários e ainda reduziu a rede credenciada”, critica José Anilton, diretor da Fetec-CN e bancário do Santander.

Marianna Coelho, secretária de Assuntos Jurídicos do Sindicato, reforça que as alterações unilaterais implementadas pelo Santander violam o que está acordado com os bancários e merecem ser rechaçadas do ponto de vista da negociação coletiva. “O Acordo Coletivo merece ser respeitado, logo, se o Santander pretende fazer qualquer alteração no contrato de trabalho, deve procurar os representantes dos trabalhadores”, afirma Marianna.

Confira aqui a edição do Informativo Privados Especial Santander.


Joanna Alves
Do Seeb Brasília


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