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10 de Março de 2016 às 16:10

Carta aberta ao Conselho Diretor da Caixa Econômica Federal


Crédito: Ilustração

Miriam Belchior (presidenta), José Henrique Marques da Cruz (Varejo e Atendimento), Marcos Roberto Vasconcelos (Gestão de Ativos de Terceiros), Márcio Percival Alves Pinto (Finanças e Controladoria), Deusdina dos Reis Pereira (Fundos de Governo e Loterias), Marcos Fernando Jacinto (Gestão de Pessoas), Fábio Lenza (Negócios Emergentes), Joaquim Lima de Oliveira (Tecnologia da Informação), Roberto Derziê de Sant’Anna (Riscos), Antonio Carlos Ferreira (Corporativo), Paulo José Galli (Governo), Nelson Antonio de Souza (Habitação) e Rubens Rodrigues dos Santos (Operações Corporativas).

Senhores e senhoras,

Comunico-lhes que recebemos com muita surpresa e indignação a divulgação de um conjunto de medidas, denominado CAIXA + FORTE, “de adequação da estratégia da empresa para o triênio 2016-2018” para “construir um melhor posicionamento para a CAIXA no momento de retomada da economia”.

É lamentável dirigentes de um banco público apresentarem uma justificativa, no segundo parágrafo de sua “Carta”, com números de redução de postos de trabalho e agências em 2015, para suportar uma reorganização interna da Caixa, que deve ser exemplo de respeito aos trabalhadores.

Também considero um acinte que a publicação de uma “Carta do Conselho Diretor da Caixa”, se dê em 10 de março, logo depois de uma reunião com representantes sindicais, informando que em janeiro de 2016 o assunto já tinha sido apresentado para “líderes da Matriz, Filiais e Redes” durante encontro nacional. Isso aconteceu mais de dois meses depois que havia se instalado um “clima de terror na base da categoria e o projeto, diante do silêncio sepulcral de vossas senhorias, ter sido batizado de “PACOTE DE MALDADES”.

Cabe informá-los, caso ainda não saibam, que as empregadas, empregados, dirigentes sindicais e entidades representativas sempre defenderam a CAIXA 100% PÚBLICA e eficiente para dar consequência às políticas públicas e garantir um emprego e condições de trabalho dignos às pessoas que efetivamente trazem resultados à empresa.

Exijimos mais respeito com nossa CAIXA e é melhor sempre contar com a participação de todos na construção das mudanças para que, além de garantir que essas mudanças não prejudiquem os trabalhadores, sejam escutadas as pessoas que têm a expertise e a memória desta empresa na prática.

Antes de exigir sacrifícios para “melhoria do Resultado Operacional”, essa direção da CAIXA tem que respeitar a mesa de negociação e cumprir o que é acordado com os trabalhadores. Não se conquista nem resultados nem o respeito do pessoal com perseguições, ameaças ou “chicotes”.
Para a CAIXA ser MAIS RENTÁVEL, recomendamos ACABAR com as medidas contraproducentes, tais como a proibição de transferências de empregados, o não pagamento de hora extra e o fim do efeito cascata.

Para tornar a CAIXA MAIS RENTÁVEL, REIVINDICAMOS:

· Garantir que nenhuma bancária ou bancário tenha qualquer tipo de prejuízo com estas medidas;
· Processos seletivos transparentes;
· Retorno imediato das contratações pendentes do último concurso público. O déficit de pessoal vem causando às unidades de ponta uma sobrecarga que adoece os empregados e tira-lhes a satisfação de trabalharem na Caixa;
· Esclarecimentos efetivos sobre o processo de reestruturação das GIRETs;
· Acabar com o descomissionamento imotivado, que causa insegurança dos empregados comissionados sujeitos ao “bom humor e confiança” dos chefes de plantão.

Se há algo que precisa melhorar para uma CAIXA + FORTE é a AUTOCRÍTICA do Conselho Diretor e não a ATITUDE dos empregados!

EDUARDO ARAUJO DE SOUZA
Diretor Presidente do Sindicato dos Bancários de Brasília


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